Acordo formalizado. Betão da lagoa do rio Este retirado em 2024 

Está formalizado o acordo entre o Município de Braga e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que prevê o financiamento de 80%, no âmbito do Fundo Ambiental, da obra referente à continuidade da requalificação das margens do rio Este. Esta nova etapa vem completar a primeira fase de renaturalização, iniciada em 2013, entre as imediações do hotel Meliã e o fim do terreno adjacente ao Instituto Ibérico de Nanotecnologia (INL).

O acordo foi assinado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Braga, antecidido de uma breve apresentação do projeto a cargo do arquiteto Vítor Carvalho.

O financiamento da APA, tal como já tinha sido noticiado, será de 400 mil euros, sendo que os restantes 200 mil euros serão pagos pelo Município de Braga. Na zona entre o INL e a comporta será retirado todo o betão, e as zonas de descarga ali visíveis serão desviadas de modo a que não aconteçam na “zona da lagoa”.

Falta agora o lançamento do concurso público. O prazo para execução da empreitada rondará depois os 180 dias, informou o vereador do Ambiente, Altino Bessa.

O vice-presidente da APA, Pimenta Machado e o secretário de estado do Ambiente, Hugo Pires, reafirmaram hoje o compromisso de regressar aos paços do concelho para formalizar o apoio à fase seguinte, essa com um valor mais avultado e correspondente entre a zona da Fábrica e a Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires. O financiamento para essa fase será de 1.4Milhões de Euros. Pimenta Machado refere que esta fase de “restauro do rio” envolverá a “retirada de todo o betão”, a sua “renaturalização”, dando assim “uma nova vida ao rio que cruza uma grande pressão urbana” tornando-se também por essa razão “um desafio acrescido”.

Já o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, que recordou a sua infância vivida junto ao rio Este, lembrou que nos anos 70 e 80 “as cidades viviam de costas voltadas para o rio”, onde se depositiva e ligava tudo aquilo que não se sabia onde pôr”. “Isso trouxe grandes constrangimentos noutras cidades, mas também aqui em Braga com descargas ilegais, o rio às cores e muitos problemas ambientais. O que queremos, com a ajuda da CM de Braga é que as pessoas vivam para o rio e o rio faça parte da vida da comunidade”, disse.

À volta do rio Este residem aproximadamente 100 mil pessoas. As margens do rio são cada vez mais utilizadas pela comunidade para diferentes fins. A autarquia diz que estas novas alterações permitirão uma fruição ainda maior destes espaços e uma aproximação da população ao rio Este. Esta nova fase, além de retirar o betão e renaturalizar as margens de forma idêntica à zona do INL, contará ainda com uma rampa de acesso à lagoa, assim como bancos de jardim e uma nova via pedonal.

Em declarações à imprensa, o presidente da autarquia, Ricardo Rio lembrou que não se trata de “um ato isolado”, já que a intervenção total entre o INL e a Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires vai custar mais de dois milhões de euros (1.4ME serão financiados pela APA, através do Fundo Ambiental). Para a execução dos trabalhos estão previstos constrangimentos “pontuais” à circulação de pessoas nas margens.

Entretanto, em 2024 será intervencionada a parte nascente do rio Este, “um espaço único do ponto de vista paisagístico”, acrescentou. Depois da execução de todos estes trabalhos, o município já iniciou estudos na zona envolvente ao parque industrial da Bosch, uma das mais afetadas na cidade sempre que chove com mais intensidade.

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Elsa Moura
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