4500 novas camas de norte a sul para universitários no novo ano lectivo

O Governo assegura para o novo ano lectivo 4500 novas camas para estudantes do ensino superior. Com as residências universitárias a perderem 15% dos lugares por causa das orientações da DGS, o acordo assinado com associações vai agora permitir um acréscimo de 16% de camas disponíveis em alojamento local, hotéis e pousadas.
No total passam a ser 18 mil camas. No ano lectivo anterior eram cerca de 16 mil.
Os acordos estabelecidos com a Movijovem e as várias estruturas representativas de unidades hoteleiras e de alojamento local fixam ainda valores de mensalidades indexados aos complementos de alojamento para bolseiros deslocados. Há um limite de preços mensal para estudantes bolseiros. No caso da UMinho é de 241 euros.
Na academia minhota – Braga e Guimarães -, a redução de camas com as medidas covid era de cerca de 100. Entretanto, com os acordos que serão assinados, os estudantes da UMinho terão ao seu dispor, a preços controlados, 1283 camas, ainda assim, menos dez do que no ano lectivo anterior.
Em comunicado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explica que o processo “resultou dos acordos estabelecidos com a Movijovem e várias estruturas representativas de unidades hoteleiras e de alojamento local, os quais permitem disponibilizar alojamentos para os estudantes até ao final do ano letivo de 2020/2021 em condições de conforto, qualidade e segurança.
Os valores resultam das manifestações de interesse dos associados das várias estruturas representativas de alojamentos locais e unidades hoteleiras, que agora terão de ser confirmados e concretizados individualmente e após os contactos pelos próprios estudantes”.
Um total de mais de 18 mil camas passam, assim, a ser disponibilizadas (eram cerca de 16 mil em 2019/20 e 15 mil no ano letivo 2017/2018), incluindo a capacidade revista nas residências de estudantes, resultante das adaptações estabelecidas pelas autoridades de saúde no atual contexto de pandemia, que identifica a diminuição da capacidade instalada do número de camas na ordem dos 15%).
Os acordos começarão a ser assinados nos dias de hoje e amanhã, em cerimónias públicas no Porto, Vila Real e em Lisboa, incluindo a assinatura de protocolos de colaboração com cada uma das associações representativas da hotelaria e alojamento local, bem como com a Movijovem.
Na mesma nota, a tutela dirigida por Manuel Heitor refere que “estes acordos vêm assim reforçar a capacidade instalada de alojamento público para estudantes e promovem ainda uma cooperação estratégica com o sector do Turismo, permitindo manter postos de trabalho e rentabilizando estruturas que, dada a diminuição da procura turística, enfrentam desafios adicionais de sustentabilidade”.
O número e tipo de camas disponíveis será constantemente atualizado no Observatório do Alojamento Estudantil, num processo de monitorização permanente que responde às necessidades de estudantes e instituições de ensino superior.
O “Observatório digital do alojamento estudantil” é uma plataforma “online”, aberta ao público, que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes, as zonas onde os estudantes de ensino superior estão alojados e as rendas praticadas a nível nacional, assim como o nível de ocupação e a evolução da oferta pública de camas em residências para estudantes.
