Braga Ciclável define estudo sobre mobilidade da CMB como “vago”

“Vago e com pouco detalhe” é assim que a Braga Ciclável classifica o Estudo de Mobilidade e Gestão de Tráfego do Município de Braga. Este foi apresentado no passado mês de Dezembro, no Museu D. Diogo de Sousa.
Em declarações à RUM o presidente da Braga Ciclável, criticou o “timing” da apresentação, uma vez que o mês de Dezembro é caracterizado por “muitas actividades devido às festas e férias”, o que leva a uma “participação pública escassa (…) e deixará de lado uma análise mais profunda que o tema merece”.
Mário Meireles frisa que este é um documento com pouco detalhe. “Não há orçamentos ou calendarização de metas o que é estranho para um estudo desta índole”, afirma. O responsável acrescenta que depois de dois anos de espera, pelo Estudo de Mobilidade e Gestão de Tráfego do Município de Braga, o documento fica “aquém das expectativas”. Isto porque, segundo Mário Meireles, o documento “não vem, ao contrário do que era expectável, revolucionar a mobilidade em Braga”. Na sua óptica “vai acabar por ficar tudo na mesma”, ou seja, os carros continuarão a vingar na cidade dos arcebispos.
A Braga Ciclável estranha também a escassa referência ao projeto de inserção urbana da rede ciclável prevista com 22 km para a Rodovia, Avenida da Liberdade e 31 de Janeiro, assim como a reorganização da ciclovia de Lamaçães. Ora, deste modo Mário Meireles questiona o executivo municipal. “Como é possível contar com 10% da população a utilizar a bicicleta como meio de transporte diário sem mexer nas vias estruturantes da cidade?”.
Outra das questões levantadas pela Braga Ciclável passa por clarificar quando deverá ser atingida essa meta. Em 2025 segundo o PDM ou em 2030 conforme o estudo.
A Braga Ciclável já endereçou algumas propostas ao Município de Braga. Entre outros aspectos é recomendado o final das BikeBox, assim como a não implementação de ciclovias bidireccionais, mas sim unidireccionais, colocar um ponto final nas ciclovias nos passeios e ainda adoptar uma Visão ZERO como meta a alcançar até 2025 no que toca aos atropelamentos.
