PS, BE e CDU repudiam decisão de Ricardo Rio

Os partidos políticos já reagiram ao anúncio feito, esta quarta-feira, por Ricardo Rio, que dá conta que a antiga fábrica Confiança será alienada para dar lugar a uma residência universitária privada.

O Partido Socialista vai votar contra o novo caderno de encargos, que será sujeito a votação na próxima reunião de Câmara.

“Estamos na iminência de perder o último bastião do património industrial da cidade”, Artur Feio

À RUM, Artur Feio, vereador e presidente da concelhia de Braga do PS, assume ver “este cenário com alguma negatividade e com muita contrariedade relativamente àquilo que entende ser os destinos de um edifício como a fábrica Confiança e toda a forma como este processo tem vindo a ser gerido”, com a qual, frisa, “não concorda”.

“É importante perceber que, infelizmente, estamos na iminência de perder o último bastião do património industrial da cidade. Vamos naturalmente votar contra esta alienação, na forma como está a ser pensada”, acrescentou.

Para Artur Feio, “a fábrica Confiança não é uma alienação para bem da cidade, é para justificar e cobrir a péssima gestão autárquica do executivo e a forma como tem sido gasto o dinheiro público na cidade”. 

“O presidente da Câmara Municipal de Braga prepara-se para escrever uma página trágica na história da cidade de Braga”, Bloco de Esquerda.

“Totalmente contra”. É esta a posição do Bloco de Esquerda em relação ao anúncio, desta quarta-feira, do edil Ricardo Rio que pretende alienar a antiga saboaria para fazer nascer no espaço uma residência universitária privada.

Alexandra Vieira considera que o espaço “permitiria uma multiplicidade de ocupações, mas estas teriam de ser, sempre, de cariz público e não privado”. A bloquista realça que o edifício tem um imenso valor “histórico e patrimonial”. Para além disso o BE frisa que a antiga Fábrica Confiança é uma referência para a cidade e para quem nela habita”.

O Bloco de Esquerda realça que nada está perdido e que irá “continuar a fazer de tudo para parar a alienação”. 

“É uma traição ao interesse público”, CDU.

O vereador da CDU, Carlos Almeida, declara que na próxima segunda-feira, em sede de reunião do executivo municipal, votará contra a proposta apresentada pela coligação de direita. O comunista defende que o projecto idealizado para o local, com a construção de um novo edifício moderno com sete pisos, é “completamente desajustado”. 


Carlos Almeida afirma que esta posição da parte do edil bracarense “vem confirmar aquilo que já classificamos no passado como de traição ao interesse público”, uma vez que o interesse público foi corporizado na aquisição da fábrica, em 2012, para fins culturais. Uma ideia bastante unânime na sociedade bracarense.

Para a CDU “é revelador que o processo de alienação sempre foi mal conduzido”. Carlos Almeida vai mais longe e refere que a “preservação e salvaguarda da Confiança esteve sempre em segundo plano”. 

Na óptica do comunista o município não deveria promover a especulação imobiliária na cidade dos arcebispos, mas sim, apostar na numa relação de “diálogo e proximidade” com o Ministério da Ciência, tecnologia e Ensino Superior para juntos encontrarem soluções públicas para o problema da falta de alojamento universitário. 

Por: Elsa Moura, Liliana Oliveira e Vanessa Batista.

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