Famalicão lidera exportações a Norte. Autarquia quer agora melhorar salários

Vila Nova de Famalicão ultrapassou, em 2018, a barreira dos 2 mil milhões de euros em volume de exportações. O valor, aliado a uma taxa de desemprego situada na ordem dos 3,5%, faz do concelho famalicense um dos mais fortes do país em matéria económica.
À RUM, Augusto Lima, vereador da Economia em Famalicão, sublinha “a tendência positiva na economia” local, apontando para o crescimento de 71% das exportações na última década, marcada, lembra, “por um período de crise económico-financeira”.
Apesar da balança positiva, tanto nas exportações como na taxa de emprego, Augusto Lima assinala que “a quantidade, por si só, não é suficiente, e é preciso trabalhar na qualidade“. Por isso mesmo, a autarquia “tem feito um esforço para que as empresas possam transformar os postos de trabalho ao nível das condições e do aumento dos salários“.
Famalicão registou mais de 2 mil milhões de euros em exportações no ano de 2018. O concelho minhoto é o mais exportador no Norte e, no país, só Lisboa e Palmela estão à frente. Augusto Lima admite que, para o valor, muito contribui a presença da gigante alemã Continental Mabor, do sector automóvel, no concelho, mas refere que “o peso da empresa é menor em relação a anos anteriores”, visto que “as outras empresas estão também a crescer“.
Olhando para os números positivos da economia famalicense, Augusto Lima sublinha que o desafio das empresas do concelho passa, agora, pela aposta “na inovação e na internacionalização“.
“Temos de inovar, porque se queremos exportar mais temos de apresentar produtos de valor acrescentado e, para isso, é fundamental a ligação às Universidades e aos centros de tecnológicos; temos também de internacionalizar para que as exportações cheguem a mais mercados”.
