Ópera cómica “Simplex” ocupa Theatro Circo esta Sexta-feira

“Simplex” é o nome do espectáculo que vai ocupar o Theatro Circo esta Sexta-feira. Trata-se de uma ópera cómica multimédia e foi criado pelo Quarteto Contratempus, companhia do Porto, e tem encenação de António Durães e libreto de Carlos Tê e José Topa.
“Simplex” convida a uma viagem cómica a Vila Velha do Pinheiro, pequena vila portuguesa que, após trágicos incêndios, é alvo de toda uma renovação tecnológica impulsionada por B Jobs, um engenheiro americano de Silicon Valley que se rendeu aos encantos da serra e se torna adviser do presidente em todo o género de start-ups rurais e quejandos.
Em palco, a soprano Teresa Nunes, o tenor Miguel Leitão, o clarinetista Crispim Luz, o pianista Sérgio de A e a violoncelista Susana Lima, dão corpo ao texto de Carlos Tê e José Topa, numa peça que satiriza o digital e o empreendedorismo.
O título da peça, “Simplex”, é uma referência à conhecida plataforma do Governo português criada em 2006 com o objectivo de combater a burocracia da administração interna do país. À RUM, a soprano e directora-artística do Quarteto Contratempus, Teresa Nunes, revela que o espectáculo “é uma comédia, uma ópera para entreter que é também política“. O texto, refere, “faz uma sátira a algo que é familiar, naquela ânsia de inovação que tilinta na cabeça de todos“.
O espectáculo tem a particularidade de colocar os instrumentistas em constante movimento no palco e em relação directa com as vozes, ao contrário do que sucede tradicionalmente na ópera. Além disso, o elemento tecnológico, através do videomapping, está também muito presente. “Há um projecto de ilustração, elaborado pela Sara Feio e mapeado pelo Hugo Mesquita, que é projectado num dispositivo que está montado em palco”, explica Teresa Nunes, esclarecendo que, em duas cenas, “há uma câmara que detecta os movimentos dos protagonistas, que depois gerados na cenografia digital”.
Espectáculo tem sido bem recebido pelo público
“Simplex” estreou em Julho passado, no Teatro do Campo Alegre, no Porto, e passou, na semana passada por Santarém. Entretanto, o Quarteto Contratempus tem datas previstas, nos próximos meses, para Castelo Branco, Paredes de Coura, Setúbal, Leiria e Loulé. Nas duas apresentações já realizadas, Teresa Nunes adianta que o “feedback e a aceitação dos teatros tem sido incrível”.
Esta Sexta-feira, “Simplex” ocupa o Theatro Circo, uma sala que Teresa Nunes diz ser “emblemática”. “Considero-me uma sortuda e sinto orgulho em estar nesta sala, com este projecto. Convido o público a passar um bom serão”.
“Simplex” acontece às 21h30 na sala principal do Theatro Circo. Os bilhetes podem ser adquiridos aqui.
