Filipe Lobo D’Ávila. “CDS tem que iniciar novo ciclo”

O auditório da junta de freguesia da Sé, em Braga, encheu ontem à noite para ouvir Filipe Lobo D’Ávila. O candidato à liderança do CDS-PP, que em Braga conta com o apoio do presidente da concelhia, Altino Bessa, lembra que foi o único que desde o início discordou do caminho traçado por Assunção Cristas.
Aos microfones da Universitária antes do encontro com militantes, o centrista assinalou que entre os candidatos de agora foi “o único que discordou do caminho estratégico que o partido seguiu nos últimos anos”. Na opinião de Filipe Lobo D’Ávila, Assunção Cristas procorou “agradar a todos e na verdade agradou a muito poucos”. Apelando à necessidade do partido ter consciência dos erros “para conseguir perspectivar o futuro e o novo ciclo que tem que iniciar”.
Há cinco candidatos ao lugar deixado por Assunção Cristas. Filipe Lobo D’ávila afirma que o CDS deve olhar para a sua matriz. “A minha candidatura defende uma mudança estratégica forte relativamente a este passado recente, um posicionamento claro do partido enquanto partido de direita e olhar para a sua matriz democrata cristã para encontrar respostas para os problemas que hoje existem, nomeadamente para uma classe média que é cada vez menos média e mais baixa”, esclarece.
Convicto de que vai vencer este acto eleitoral, Filipe Lobo D’Ávila afirma que pretende “liderar uma mudança incontornável no CDS-PP”. Considerando-se uma pessoa “moderada e conciliadora”, Filipe Lobo D’Ávila quer “fazer pontes com os principais candidatos”. “Gostaria de contar com a colaboração de outros, porque entendo que o ciclo que o CDS vai iniciar obriga à participação de todos”, acrescentou.
O congresso do CDS-PP está marcado para 25 e 26 de Janeiro, em Aveiro.
