QUERCUS:”CMB e juntas deviam ter papel mais activo na defesa do rio Este”

A coordenadora do Núcleo Regional da Quercus Braga considera que a autarquia de Braga e as juntas de freguesia deviam ter um papel mais interventivo para eliminar as descargas no rio Este. Alvo de descargas praticamente diárias e de denúncias nem sempre registadas pelas autoridades, Aline Guerreiro, directora do núcleo de Braga da Quercus há praticamente um ano, admite que a situação do rio Este é uma preocupação que deve ser responsabilidade de todos. “Há muita descarga naquele pequeno troço de rio e o rio Este passa por muitas zonas”, começa por reconhecer a responsável. Aline Guerreiro já reuniu com o responsável do pelouro do Ambiente e do que ouviu, entende que a situação é complexa até porque algumas pessoas, já identificadas, admitem que “nem sabiam que estavam a ter aquele tipo de comportamento”, tomando posteriormente “as medidas necessárias”. Com o rio Este a atravessar várias freguesias, a dirigente da Quercus, defende “um papel mais interventivo” das próprias juntas de freguesia em parceria com os serviços camarários.

Sobre a vegetação no rio Este, por vezes alvo de crítica, Aline Guerreira reitera que este “é um sinal de que o rio está de boa saúde”. Quanto às vozes críticas, a dirigente reconhece que “muitas vezes é falta de informação da população”, algo que pode ser trabalhado no futuro com “pequenas acções junto das freguesias, chamando os munícipes a participar e perceberem que o que está a acontecer é bom sinal”, sugere.

QUERCUS BRAGA ESTÁ À PROCURA DE UMA NOVA SEDE


Nesta entrevista à RUM, já disponível em podcast, Aline Guerreiro aborda ainda os objectivos da actual direcção, entre elas um novo espaço para receber os associados. “Não temos um espaço físico condigno de uma sede. Tem poucas condições e o nosso primeiro foco foi tentar encontrar um sítio para receber os sócios, dar formação e ter a biblioteca organizada”, explica. Mas são poucos os desenvolvimentos. Segundo a dirigente, já estão identificados “possíveis candidatos a ajudar a Quercus a ter um local”, esclarece.


Ecocasa é um dos projectos implementados pela Quercus. “Um projecto que ajuda os portugueses a viverem em casa de forma mais eficiente”, adianta. Gastar menos água, menos energia e produzir menos resíduos são as principais exigências. Aline lembra que a população “vive 90% dos dias dentro dos edifícios, que têm imensos impactos ambientais, da fase de construção à fase de vida útil do edifício”. Por isso, considera aquela responsável, “há muitas questões a explorar em termos ambientais que o consumidor não sabe”.

Mandato de dois anos “é curto” – Aline Guerreiro

Com um ano praticamente concluído enquanto presidente da Quercus Braga, a direcção de Aline Guerreiro assumiu funções substituindo uma direcção com dezoito anos. A nova responsável refere que a direcção anterior “estava há muito tempo” sendo “natural que já esteja um bocadinho desgastada”, o que implica mais trabalho para quem chega na tentativa de “reactivar o núcleo”.

Simulador de eficiência hídrica sai em Março


A equipa de Braga prepara-se para lançar um simulador de eficiência hídrica, que sairá no dia mundial da Água, em Março. Alén disso, a Quercus está também a preparar um inquérito sobre os hábitos de consumo de água, e, ainda dentro do projecto EcoCasa, serão lançados simuladores de eficiência energética e de resíduos.

O programa de acções de formação será revelado em Fevereiro. No novo site da Quercus Braga, em fase de construção, será possível fazer denúncias online e falar com alguém em tempo real.

“NÃO HÁ RAZÃO PARA CONSTRUIR UM EDIFÍCIO DE SETE ANDARES JUNTO À FÁBRICA CONFIANÇA”

O Núcleo Regional da Quercus de Braga foi uma das associações que manifestou publicamente contra a alienação da Confiança nos moldes anunciados recentemente pela autarquia. Em causa está a construção de um edifício de sete andares. Aline Guerreiro avisa que não faltam edifícios devolutos nas redondezas da UMinho.

Sendo a favor da reabilitação da Fábrica Confiança, a Quercus sustenta que “defende sempre a reabilitação”, mas o problema está relacionado com o aumento do índice de construção na zona, previsto no caderno de encargos do município tendo em vista a alienação daquele imóvel. A arquitecta critica ainda o facto do referido projecto contemplar um parque de estacionamento para viaturas, convidando ao uso do automóvel por parte dos futuros moradores.



Oiça aqui a entrevista completa à RUM

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Português Suave
NO AR Português Suave A seguir: Alumni pelo Mundo às 20:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv