Sandra Pereira defende aumento do salário das mulheres para travar desigualdade

A eurodeputada do PCP, Sandra Pereira, esteve, esta sexta-feira, em visita pelo quadrilátero urbano. Depois de ter estado em contacto com trabalhadores de empresas de Guimarães, Famalicão e Barcelos. Em Braga, ao final da tarde, Sandra Pereira discutiu com os militantes comunistas as desigualdades salariais entre homens e mulheres.

“A diferença salarial média na União Europeia (UE) é de 16% e duplica quando se fala em pensões, porque a mulher está mais sujeita à precariedade e interrompe muito mais vezes o trabalho para cuidar dos filhos”, começou por dizer à RUM, Sandra Pereira.

O PCP absteve-se, ontem, numa resolução europeia sobre o tema, que considera “pouco ambiciosa”.

Os comunistas defendem, “salários mais elevados”, já que, frisou a eurodeputada, “o facto de a mulher ter um salário mais reduzido permite a quem tem os rendimentos que fique com eles para si”.

“Um outro caminho que a UE aponta muitas vezes é a flexibilização do trabalho. Não concordamos, porque se a mulher fica a trabalhar em part-time acentua ainda mais a diferença salarial e na pensão”, explicou.

O PCP continuará a bater-se pela igualdade salarial, bem como pelo aumento salarial, fez saber a comunista. No dia da greve na função pública, Sandra Pereira esteve reunida com os trabalhadores da Kyaia, em Guimarães, do Lidl de Ribeirão e da Continental Mabor em Lousado, ambos no concelho de Famalicão. Daí seguiu para Barcelos, onde também esteve em contacto com os funcionários da Gabor. No final, já em Braga, disse à RUM que o “aumento salarial para os 850 euros” é um desejo partilhado pelos trabalhadores com quem falou.

“O importante é que sejam salvaguardados os direitos sociais e laborais dos portugueses no Reino Unido”

No dia em que o Reino Unido se despede do Brexit, a eurodeputada lembra que o PCP sempre “valorizou que a vontade do povo britânico fosse soberana”. Para Sandra Pereira o importante é que sejam “salvaguardados os direitos sociais e laborais dos trabalhadores portugueses no Reino Unido, nomeadamente a portabilidade dos descontos, ou seja, os portugueses que fizeram descontos no Reino Unido pudessem ir buscá-los quando se quisessem reformar. Aparentemente, está salvaguardado”, explicou. Além disso, a eurodepuatada salienta a importância de o “Estado português manter as relações bilaterais”.

Sandra Pereira lembra que se segue agora, até ao final do ano, um período transitório, pairando a incerteza sobre o que acontecerá a partir de 1 de Janeiro de 2021. “É tempo da UE fazer uma crítica, porque mesmo durante este processo havia muita pressão para que o Reino Unido continuasse”, frisou. 

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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