972 sementes partem de Braga para a maior Arca de Noé do mundo

972 sementes de milho, trigo e feijão vão partir do Banco Português de Germoplasma Vegetal para a maior Arca de Noé dos tempos modernos em Svalbard, na Noruega. Esta manhã, a Ministra da Agricultura visitou o Banco de Conservação de Recursos Genéticos Vegetais, criado em 1977 localizado em Braga, mas que acolhe amostras de todo o país.


Maria do Céu Albuquerque sublinhou a importância desta acção quer a nível económico como social, uma vez que Portugal é o responsável no Mediterrâneo pelas sementes de milho. Aos jornalistas, a ministra anunciou que para este ano está previsto no Orçamento de Estado um investimento de 5,6 milhões de euros no INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Já no que toca a recursos humanos, foram resolvidos os problemas existentes, nomeadamente, no que toca a vínculos precários com a integração de três colaboradores que estavam, até então, a trabalhar como bolseiros. 

Em resposta Ana Maria Barata, responsável pelo Banco Português de Germoplasma Vegetal, adiantou que foram contratados dois funcionários através do PREVPAP – Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública –  e um doutorado no âmbito do programa de apoio à investigação. Contudo, a directora frisa que esta é uma estrutura que “precisa sempre de mais mão de obra”, de modo a ser cada vez mais eficaz. 

Recorde-se que em 2019 o sector da agricultura foi o que mais cresceu do ponto de vista das exportações. Em 2020 a Ministra pretende continuar esse bom caminho. Maria do Céu Albuquerque congratulou o banco português pelo bom trabalho, uma vez que é o responsável pelas sementes de milho na bacia do mediterrâneo e, em caso de catástrofe ou guerra, também é o fornecedor de países como a Alemanha. 

O Banco Português de Germoplasma Vegetal soma perto de 48 mil amostras de 120 espécies distintas. Neste momento ocupa o top 10 dos bancos mais importantes do Mundo. 

A responsável pelo Banco Português de Germoplasma Vegetal explica que a preservação de recursos genéticos vegetais é essencial para garantir a subsistência das sementes, quer para fins alimentares como para agricultura em caso de catástrofe ou guerra. O primeiro caso em que foi necessário recorrer ao Banco de Svalbard aconteceu devido à destruição do banco da Síria. 

Portugal já enviou por duas vezes milho e feijão. Este ano seguem para a Noruega sementes de trigo, feijão e milho. Um momento importante para a história sendo que seguem amostras de trigo datadas de 1930. “Estamos muito contentes porque vamos enviar a primeira colecção de trigos portugueses que foi feita pelo professor  Vasconcelos do ISA – Instituto Superior de Agronomia”, refere. 

Portugal vai enviar 820 sementes de milho, 92 de trigo e 60 de feijão para a Noruega. A cerimónia de entrega e,   simultaneamente, de inauguração do espaço depois de um período de obras irá decorrer na próxima terça-feira, 25 de Fevereiro, onde vão marcar presença 36 países. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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