Confiança. “Pode ser uma luz ao fundo do túnel para a falta de camas”

“Pode ser uma luz ao fundo do túnel para o problema da falta de camas”. Foi desta forma que o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Rui Oliveira, reagiu ao anúncio de Ricardo Rio de que a Fábrica Confiança pode vir a ser uma residência universitária pública, se não for comprada por privados na hasta pública de 11 de Março.

O representante dos estudantes vê “com muito bons olhos” a notícia, uma vez que “a construção de uma residência pública é algo que a AAUM já há três anos vem a reivindicar”. “A oferta de camas é muito necessária em Braga, sobretudo a oferta com preços suportáveis para os estudantes. Na sua localização e dimensão parece-me que é uma excelente medida”, apontou Rui Oliveira.

O presidente da AAUM lembra que os custos do alojamento são dos que mais pesam na carteira dos estudantes e que “são muitos os estudantes deslocados”, por isso mesmo, “a oferta de uma residência pública é muito melhor do que uma privada”.

Rui Oliveira lembra que esta é uma luta antiga, sendo que já “há dois anos foi dada uma esperança de que duas residências poderiam nascer em Braga e nada aconteceu”.

“É uma solução que me parece que vem ajudar, mas já não vem a tempo do próximo ano lectivo e continuamos com graves problemas para resolver pela falta de acção por parta da tutela. Esta é uma solução de médio/longo prazo, mas esperamos que se consigam encontrar soluções a curto prazo. Ainda estamos à espera dessas soluções para o início do próximo ano”, acrescentou.

Quanto à hipótese levantada por algumas vozes da oposição de que na antiga saboaria poderia ainda ser conciliado um espaço cultural, Rui Oliveira considera “ uma óptima conjugação de factores”.

“Era muito facilmente conseguido um espaço que pudesse ter as duas vertentes, pode até ser um acréscimo para a qualidade de vida dos estudantes lá alojados”, disse ainda o presidente da AAUM.