TUB fecham 2019 com receita de 7 ME e resultado líquido de 153 mil

Mais de 6 milhões de quilómetros percorridos, por mais de 12 milhões de utilizadores. Os números dizem respeito aos Transportes Urbanos de Braga (TUB) em 2019 e justificam, de alguma forma, a receita total de mais de 7 milhões de euros e um resultado líquido de 153 mil euros. “É o melhor resultado dos últimos anos”, disse o administrador da empresa municipal, Teotónio dos Santos.

Os números foram divulgados, esta quarta-feira, à margem da apresentação dos resultados do ano passado nos TUB.

Em 2019, a venda de títulos rendeu à empresa municipal 6.513 566,48€, um aumento de 4,66% face a 2018, e a venda de alugueres ultrapassou os 722 mil euros (+22,86%). No total, os TUB fecharam o ano com uma receita de 7.249 996,32€, um aumento de mais de 6% face ao ano anterior.

As avenças atribuídas a 580 moradores equivalem a uma receita de 8 703 euros, somando-se as de 256 comerciantes (7 445 euros), e as de dez carros eléctricos (120 euros). Nos parquímetros, a receita ascende aos 59 500 euros, valor a que se soma 3 100 da Via Verde Estacionar, 240 euros do iParque e quase 23 mil euros de pagamento por aviso.

Novos autocarros eléctricos devem chegar “dentro de um mês”

Os TUB tinham, em 2019, 136 viaturas, um número que vai crescer este ano com a aquisição, “dentro de um mês”, de 7 veículos eléctricos e, segundo o administrador, “está a ser fechado o caderno de encargos para aquisição de 25 viaturas a gás”. Haverão ainda 7 postos de carregamento eléctricos e uma estação de enchimento a gás. Apostas que equivalem a um investimento de 10 milhões de euros. Teotónio dos Santos adiantou ainda que “dentro de algum tempo” será possível avançar “para a construção do novo parque de material e oficinas”.

Foram realizadas 592 363 viagens, nos 99% de serviços efectuados. Os circuitos turísticos aumentaram 5,88% face a 2018, bem como os passageiros transportados diariamente para a praia fluvial, que registaram um acréscimo de 8,56%.

Linha que liga Minho Center ao Nova Arcada foi a mais usada

A linha 95, que liga o Minho Center ao Nova Arcada, é para Teotónio Santos, “uma linha estruturante”, já que, com menos de quatro anos, foi a mais utilizada pelos bracarenses, somando um milhão de passageiros.

Quanto aos 12 milhões de passageiros registado em 2019, representam um aumento de 3,99% face ao ano anterior e de 21,14% quando comparado com 2013. A venda de títulos aumentou 17% face a 2013 e as receitas por aluguer mais de 301%. Recorde-se que em Abril de 2019 os TUB aplicaram um desconto tarifário de 16%. Este ano, a partir de Março, o desconto ascende aos 30%. O ano passado foram ainda implementadas novas paragens, reforço de linhas e melhoria de ligações.

“TUB são um exemplo a nível nacional”

Miguel Bandeira, presidente do conselho de administração, considera que os TUB “representam uma das mais importantes perspectivas para resolver grande parte dos problemas de mobilidade no concelho”. “A articulação com o estacionamento é fundamental, bem como reflectir sobre a relação que novos empreendimentos urbanísticos, sobretudo na periferia, possam vir a colher em termos de correlação com a operação dos TUB”, acrescentou Miguel Bandeira.

“Não é um caso idêntico ao que se passa no país, já não somos um oasis, mas de forma sustentada os TUB são um exemplo a nível nacional, estando sempre a atrair mais passageiros, mais passes vendidos e mais receita”, denotou o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.

O autarca deixou o desejo de que a empresa consiga ainda melhores resultados em 2020, nomeadamente “mais os bracarenses a usarem regularmente os transportes públicos”. “É uma questão de promoção da mobilidade, fluidez de trânsito e sustentabilidade ambiental. Vamos tentar potenciar a articulação entre o planeamento e o crescimento da cidade e as respostas que os transportes poderão dar”, afirmou Rio. A este respeito o presidente da Câmara deixou ainda a certeza de que o executivo “olha com muita atenção” para a questão da “criação de parques periféricos em interacção com a expansão da cidade”, assunto sobre o qual poderão haver “novidades durante este ano”.