Theatro Circo celebra 105 anos com doze horas de música, poesia e dança

Estar em casa não é sinónimo de estar parado. A festa que o Theatro Circo está a preparar é bem reveladora disso mesmo. Mais de vinte artistas ligados à música, à dança e à poesia aceitaram o desafio do programador Paulo Brandão e vão actuar nos 105 anos da sala de espectáculos de Braga. 

A partir das respectivas casas, com actuações de cerca de meia hora, entre as 13h00 do dia 21 de Abril e a uma da manhã, nada faltará na página de Instagram do Theatro Circo. 


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Ana Moura, Pedro Abrunhosa, Valter Hugo Mãe (poesia), Adolfo Luxúria Canibal (poesia), Conan Osiris, Márcia, Cristina Branco, Rita Redshoes, Sela Uamusse, André Henriques, António Durães (poesia), Angélica Salvi, Cachupa Psicadélica, La Baq, Luís Figueiredo, Carne Doce, Tainá, Jorge Coelho, Mr Gallini, Duarte Valadares (dança) e Mara Andrade (dança) e Doll Marlon (performance) são os nomes do cartaz deste ano.

“São muitos e variados”, refere Paulo Brandão que admite que não foi nada difícil fechar este cartaz na certeza de que será “um dia marcante” com uma programação “muito diversa”. 

“Os artistas são o melhor que nós temos, que nos podem afastar desta questão perigosa de tudo ser derrubado como um dominó. São eles que entram pela nossa casa, à noite, à tarde, a qualquer hora, através da rádio, da televisão, de todos os meios”, lembra o programador do Theatro Circo que não recebeu “um único não” nos convites que endereçou. O director artístico sublinha que as actuações em casa, e muitas vezes à capela, não são fáceis, admirando a coragem dos artistas que se disponibilizaram.

“Os artistas são feitos para estar nos teatros, nas casas de espectáculo, para ter os seus músicos, as luzes, o som”, realça Paulo Brandão que considera, por isso que este é também “um gesto humilde dos próprios artistas”.

Além das actuações, o Theatro Circo vai dar a conhecer-se através de uma visita virtual. “Estamos a preparar isso, já estava na nossa mente há algum tempo. Será muito fácil criar a visita porque o Theatro está vazio”, acrescenta.

O director artístico sublinha que apesar de toda esta situação, o Theatro Circo está activo. “Está aqui para servir a população, esteja na rua ou esteja em casa”. Sobre a ideia, diz que “surgiu naturalmente” até porque todos os artistas “estão confinados em casa mas estão a tentar mostrar que estão activos, vivos, e que daqui a pouco estaremos todos juntos”.

*Com Liliana Oliveira

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Elsa Moura
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