BE diz que Linha de Muito Alta Tensão já arrancou em Barcelos

O Bloco de Esquerda afirma que já existem estaleiros de obras em freguesias do concelho de Barcelos destinados à construção de torres eléctricas da Linha de Muito Alta Tensão. O projecto, da responsabilidade da REN (Redes de Energias Nacionais) e iniciado em 2011, pretende instalar uma nova ligação eléctrica entre a Galiza e vários concelhos do Norte de Portugal, nos quais se inclui Barcelos, com o objectivo de melhorar as condições de alimentação aos consumos do Minho litoral.


Devido aos receios com os possíveis impactos negativos na saúde das populações, a construção da Linha de Muito Alta Tensão tem sido fortemente contestada, motivo que levou a Assembleia da República a suspender o projecto em 2018.

Também a Câmara de Barcelos interpôs, no ano passado, dois recursos para suspender obra – um no Tribunal Central Administrativo do Norte e outro no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga – mas perdeu ambos e vai agora interpor novo recurso no Supremo Tribunal Administrativo.

Apesar da contestação, o projecto já estará em marcha, revela à RUM o deputado bloquista José Maria Cardoso. “Fizémos, há pouco tempo, uma incursão no terreno e vimos que existem estaleiros de obras em Macieira de Rates e Cossourado para começar a construir as torres“, assegura, acrescentando que o Bloco de Esquerda já fez saber a situação junto do ministério do Ambiente e da Acção Climática.


“Estamos à espera da resposta do ministério porque há um certo desconhecimento em todo o processo que tem beneficiado a parte interessada, a REN. Ninguém sabe muito bem o que está a ser feito e não considero válida a justificação de que o projecto vá originar um preço de energia mais barato para as populações“. 

Caso o recurso interposto pela Câmara de Barcelos seja negado e o ministério do Ambiente valide o projecto, o Bloco de Esquerda exige que “o circuito criado evite qualquer impacto na saúde da população”. 


Na freguesia barcelense de Perelhal, exemplica o deputado, “o corredor, da forma como está a ser implantado, passa junto uma zona habitacional”. “Não é aceitável expor as pessoas a este perigo”, sustenta.

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Pedro Magalhães
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