Ministra admite “dificuldades de comunicação” na vigilância de infectados

Marta Temido não esconde que a monotorização das pessoas com Covid-19 que recuperam no domicílio é uma “tarefa complexa”. Na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia em Portugal, a ministra da Saúde destacou, ainda assim, que essa situação está a ser melhorada.
Questionada sobre um relatório da PSP referente ao dia 17 de Abril, que revela que pouco mais de metade da população em vigilância estava a ser efectivamente fiscalizada, Marta Temida admite a existência de “dificuldades de comunicação”.
Referindo que é uma “preocupação que está identificada”, a governante garante que essa articulação entre as autoridades de saúde e as forças de segurança está “a ser trabalhada de forma a não se repetirem mais problemas”. “Vamos continuar a trabalhar para que esse tipo de factos não penalize mais o resultado que queremos atingir”.
Já a Diretora-Geral da Saúde acrescenta que há “diversos graus de acompanhamento” para as pessoas que estão sob vigilância, explicando que são “as dinâmicas locais que determinam a maior ou menor percentagem de pessoas que estão a ser seguidas”.
“A intervenção policial é sempre de fim de linha para aquelas pessoas que não cumprem as medidas de confinamento que as autoridades pedem. Se não há incumprimento, se as pessoas estão contactáves, não há lugar a essa fiscalização”. Assim sendo, Graça Freitas refere que, “muitas vezes, as autoridades de saúde consideram que é possível fazer a vigilância em segurança sem a PSP e a GNR”.
