Arquidiocese de Braga arquivou as duas denúncias de abusos sexuais

A Arquidiocese de Braga arquivou as duas denúncias de abusos sexuais, que diz estarem prescritas “jurídica e canonicamente”.
De acordo com um comunicado, a Comissão de Proteção de Crianças, Jovens e Pessoas Vulneráveis refere que “não há justiça, e muito menos prescrições, que reconfortem as vítimas, nem aliviem o seu sofrimento”, disponibilizando-se para acompanhar psicologicamente as vítimas.
Segundo o documento, a Comissão foi questionada sobre “a existência de queixas/denúncias”, a 24 de Abril, sendo que os dois casos foram tratados com “o máximo cuidado e no respeito pela presunção de inocência”.
“O primeiro que motivou o apuramento dos factos, tendo-se verificado que tinham sido cometidos há mais de trinta anos, está jurídica e canonicamente prescrito e por isso não foi denunciado às autoridades. Se novos casos forem apresentados, o processo será reaberto. O segundo caso reporta-se a um sacerdote já falecido, tendo os factos denunciados ocorrido há mais de trinta anos. Assim sendo, por terem decorrido há mais de trinta anos está jurídica e canonicamente prescrito e não foi denunciado às autoridades”, explica.
A Comissão de Proteção de Crianças, Jovens e Pessoas Vulneráveis da Arquidiocese de Braga foi criada por decreto do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, a 22 de outubro de 2019.
Recorde-se que, esta terça-feira, o Jornal de Notícias avançou que a “Igreja de Braga estava a investigar queixas de abusos sexuais sobre menores”, precisando que “as denúncias visam dois sacerdotes, um ainda no ativo e outro já falecido”.
