Governo está a “tratar dos concursos” para as vacinas da gripe

Lacerda Sales disse que a vacina contra a gripe é uma “matéria muito importante para que possamos sempre prever um eventual cruzamento de duas epidemias no princípio do próximo inverno, nomeadamente a epidemia da gripe sazonal com a eventual epidemia Covid-19”.
O secretário de Estado da Saúde disse, por isso, que o Governo está muito atento a essa possibilidade e revelou que já estão em curso os procedimentos concursais para a aquisição de vacinas contra a gripe.
“Estamos neste momento a tratar dos procedimentos concursais que já estão em curso e é um assunto que vamos acompanhar com muita atenção, até porque Portugal tem uma taxa de cobertura de gripe sazonal superior a 70 por cento, o que é muito bom”, sublinhou Lacerda Sales.
Surto em serviço do Santa Maria fez pelo menos 12 infectados
Relativamente ao surto num serviço do Hospital de Santa Maria, que a DGS disse estar a ser acompanhado de perto, Graça Freitas disse existirem nove profissionais de saúde positivos para a Covid-19. Outros 35 testaram negativo, sendo que 25 análises estão ainda em curso.
Para além dos profissionais, três doentes que estavam internados também estão infetados e foram transferidos para outras unidades específicas para casos de Covid-19.
Cuidados nos transportes públicos
Graça Freitas avançou que a desinfecção dos transportes públicos é para se manter e explicou que devem continuar também os cuidados por parte dos passageiros.
“Continuamos a pôr muita enfâse na desinfeção das superfícies. De facto, saiu baseada num estudo uma indicação da Organização Mundial da Saúde de que a transmissão pelas superfícies poderá não ser tão intensa como julgávamos, mas não temos a certeza absoluta disto”, elucidou.
“Os transportes públicos e individuais têm indicações muito precisas sobre higienização das superfícies onde as pessoas possam tocar, e as pessoas por sua vez têm indicação para tocar o mínimo possível nessas superfícies”, concluiu.
Regras para acompanhantes de grávidas durante o parto
A Direção-Geral da Saúde avançou que a presença ou ausência do acompanhante da grávida no momento do parto será decidida pela equipa clínica responsável em cada situação, apesar de estar prevista para breve uma orientação para as grávidas neste sentido.
“A questão do acompanhante é delicada, porque tem a ver com a probabilidade ou não do próprio acompanhante se poder contagiar a partir da grávida” e com a possibilidade de esse acompanhante estar infetado, explicou Graça Freitas em conferência de imprensa.
“Dito isto, as condições físicas do local onde se passa o parto podem decidir ou não que tipo de acompanhamento que se faz, e em última análise é a equipa clínica que pode decidir isso. Se for uma sala grande, com a capacidade de manter o acompanhante distante, devidamente protegido, o risco será muito menor do que numa sala de partos mais pequena em circunstâncias mais difíceis”, acrescentou.
Lacerda Sales confiante de que as escolas vão “observar as melhores regras de saúde”
Questionado sobre a medição de temperatura não ter sido recomendada às escolas pela DGS, o secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, apenas afirmou que está confiante “de que os estabelecimentos de ensino vão, com certeza, observar as melhores regras de saúde pública, respeitando obviamente as regras de proteção de dados individuais”.
RTP
