ACB reclama novos apoios do Governo para evitar mais encerramentos

Muitas dos comerciantes de rua da cidade de Braga não vão conseguir facturar o suficiente para pagar as despesas no final do mês. Apesar da retoma da actividade económica nestas duas últimas semanas, o director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB) assume que a procura é insuficiente e que este será mais um mês de pouca facturação para o comércio local. Os comerciantes exigem ao Governo mais medidas de apoio para os próximos meses, caso contrário, o mais certo é que muitos dos estabelecimentos venham a encerrar.

Ouvido pela RUM, Rui Marques afirma que “a retoma muito lenta que se tem sentido era expectável” e que “com este ritmo, a maior parte das empresas vai chegar ao final do mês sem receitas suficientes para os seus encargos fixos”. Uma situação “dramática”, assume o director-geral da ACB que sugere “uma injecção de confiança adicional às pessoas e novas medidas de apoio às empresas”.

As medidas de apoio foram desenhadas a pensar no momento do encerramento dos estabelecimentos, e neste novo contexto de reabertura “são necessárias novas medidas que permitam que as empresas não tenham prejuízo todos os meses”. Caso contrário, “vão começar a cortar no pessoal e, eventualmente, encerrar”.

Prorrogação dos lay-off, novas linhas de crédito, reforço do programa ‘Adaptar’, extensão das moratórias dos financiamentos bancários são algumas das reivindicações do comércio local. “Ajudar as empresas que existam vai ter um custo muito menor do que o custo de aguardar pelo surgimento de novas empresas que possam gerar o emprego para os postos de trabalho que se venham a destruir”, esclarece.

As lojas que não reabriram já não estavam bem

O director-geral da ACB assume que por enquanto, “as lojas que não reabriram tinham conceitos desajustados e a covid-19 só veio acelerar o processo. Eram negócios que não estavam a ter muita receptividade”, sugere.

Com Liliana Oliveira