“Não é por se tratar de um bairro social que se confina todo o bairro”

A directora-geral da Saúde referiu esta quarta-feira que a testagem e o confinamento dependem da “dinâmica da doença e da circulação do vírus”. Na conferência de imprensa sobre o estado da Covid-19 em Portugal, Graça Freitas abordou a situação verificada no Bairro da Jamaica, no Seixal.
No aglomerado populacional situado na Região de Lisboa e Vale do Tejo, dos 16 casos detectados, quatro já foram dados como curados. Garantindo que “a avaliação do risco é feita igualmente para qualquer tipo de população”, a responsável máxima da DGS explica que “não é por se tratar de um bairro social que se confina todo o bairro”.
Sobre a recusa de algumas pessoas a serem testadas, Graça Freitas esclarece que “não é o teste que determina a necessidade de confinamento obrigatório”. “Uma pessoa que tenha sido um contacto próximo de um infectado ou que apresente sintomas, mesmo sem o teste, a autoridade de saúde pode determinar o confinamento obrigatório dessa pessoa para proteção da saúde pública. Não há obrigatoriedade de fazer teste, se alguém devidamente informado decida não o fazer”, concretiza.
Secretário de Estado destaca “civismo do povo português”
Questionado sobre o balanço da segunda fase de desconfinamento em Portugal, que começou a 18 de Maio, o secretário de Estado da Saúde refere que não se devem fazer balanços a meio da pandemia, “Os balanços são feitos sempre no final, até porque estamos ainda em fase de dar respostas”, explicou.
Ainda assim, António Sales elogia “o civismo do povo português”. “Faz-nos encher de confiança para a última fase de desconfinamento porque de uma forma geral têm sido respeitadas todas as diretrizes, orientações e pareceres técnicos relativamente à retoma das diferentes actividades económicas e não só”, afirma.
O secretário de Estado acrescenta que as duas fases iniciais de desconfinamento parecem estar a ser positivas, mas alerta que “há sempre uma imprevisibilidade no decorrer do surto” e que, portanto, “estar a antecipar tomadas de decisões não é adequado”.
c/RTP
