Testes serológicos devem ser “usados com parcimónia” 

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou hoje que os testes serológicos para deteção de anticorpos à Covid-19 devem ser usados com “parcimónia e em condições controladas” e feitos em termos de grupo.

O jornal Público noticia hoje que há mais de 50 marcas de testes serológicos rápidos registados na Autoridade do Medicamento (Infarmed), que diz ao jornal que estes testes estão a levantar preocupação dada a “disseminação da sua comercialização” e porque a sua utilização “é tão simples, que muitas vezes são incorretamente disponibilizados a leigos”.

Questionado na conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, o secretário de Estado da Saúde afirmou que os testes serológicos “devem ser feitos de forma organizada e não de uma forma aleatória” e em termos de grupo e de comunidade para se poder verificar o grau de imunização da população à Covid-19.

Advertiu ainda que feitos de uma forma individualizada pode dar à pessoa “uma falsa sensação de segurança”.

“A importância deste tipo de testes em termos de saúde pública é muito alta, mas feito de uma forma individual é relativamente baixo”, disse António Lacerda Sales, reiterando que para efeitos de vigilância epidemiológica e de saúde pública deve ser feito em termos de grupo.

Segundo o Público, nas últimas semanas têm-se multiplicado em Portugal a oferta de testes serológicos que servem para perceber se uma pessoa já teve contacto com o novo coronavírus, SARS-CoV-2, e desenvolveu anticorpos produzidos pelo sistema imunitário. Estes testes não são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, ao contrário dos testes moleculares para detetar a presença dos vírus.


Os preços oscilam entre 25 e 50 euros e a procura tem sido muita. A oferta está a multiplicar-se, havendo já mais de 50 marcas de testes serológicos rápidos diferentes com certificação CE registadas na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, refere o jornal.

“Contudo, este registo não constitui qualquer autorização ou validação por parte do Infarmed”, esclareceu o regulador ao Público.

Está ainda registada no Infarmed uma dezena de testes ditos automatizados, os mais sofisticados, que são apenas realizados nos laboratórios de análises clínicas, e que custam entre 78 e 86 euros. O seu “resultado isolado não pode excluir a possibilidade de infeção” pelo novo coronavírus e o desempenho dos diferentes testes no mercado ainda está a ser “alvo de discussão”, refere o Infarmed.


Lusa

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