Livreiros e alfarrabistas de Braga isentos de taxas na Feira do Livro (digital)

O presidente do Município de Braga afirmou hoje que a suspensão de actividades massivas ao ar livre foi tomada “em consciência num contexto de incerteza” e numa lógica de cautela, avisando que o município não pretende recuar em nenhum dos eventos já cancelados ou adiados para 2021. Ricardo Rio falava a propósito da Feira do Livro de Braga e da crítica apontada pelo vereador da CDU. O presidente do executivo municipal sustenta ainda que a organização de eventos desta dimensão exigem tempo de preparação. 

Carlos Almeida, vereador da CDU, levantou hoje o assunto, depois do período da ordem do dia, por considerar que se trata de uma decisão “errada”, ainda que entenda as circunstâncias excepcionais. O comunista – que no final da semana passada já tinha criticado publicamente a opção -, elogia o esforço do município nalguns sectores da economia, dando como exemplo o regresso das feiras ambulantes, mas acusa a CMB de ter “falhado redondamente esse propósito”, neste caso. “Não se compreende como não se tentou garantir as condições necessárias para a presença de livreiros e alfarrabistas na cidade”. “Ao ar livre e em ruas com dimensão suficiente “não acarrataria riscos”, acrescentou. O vereador perspectiva com este novo modelo de Feira do Livro “resultados económicos ainda mais desfavoráveis” para um sector já de si fragilizado.

Ora, Ricardo Rio respondeu que a decisão salvaguarda a segurança de todos e diminui a possibilidade de ajuntamentos na cidade. Aliás, para o autarca, com tantas limitações, a presença física “não seria tão crucial” para o sector. Na comparação feita com os vendedores ambulantes, o líder da coligação Juntos por Braga lembrou que os feirantes não têm outros espaços de venda, ao contrário dos livreiros.

Lídia Dias, vereadora da Cultura, acrescentou que o pelouro está “em constante ligação com livreiros e alfarrabistas que informalmente se organizaram para falar com a CMB”.

Algumas iniciativas, esclarece, serão desenvolvidas em conjunto “cumprindo sempre as normas da DGS”. A ideia passa por realizar uma campanha que permita alavancar a parte económica deste sector que já está de portas abertas. Tendo em conta os constrangimentos, todos os que têm actividade económica em Braga estarão isentos de qualquer tipo de pagamento para não agravar despesas”, explicou ainda a vereadora centrista. 

Apesar de se passarem já seis dias sem novas infecções, e de  não se registarem óbitos desde Maio no concelho, a ARS está “extremamente preocupada com a possibilidade de  um novo eclodir de novos casos de infecção num futuro próximo”, disse ainda o edil.

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Elsa Moura
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