“Estamos preparados para o regresso ao ensino presencial”

A Universidade do Minho reúne as condições necessárias para o regresso ao ensino presencial, garante o reitor da instituição em declarações à RUM.


Depois de o Ministro do Ensino Superior ter dito que o ensino presencial terá de ser uma certeza a partir de Setembro, Rui Vieira de Castro assegura que a Universidade do Minho está preparada para voltar a receber aulas, lembrando que a instituição tem vindo “a preparar, desde o início da pandemia, vários planos de contigência”, entre os quais se inclui “o regresso, tão completo quanto possível, à normalidade”.

“Estamos a avaliar quais as formas disponíveis para a utilização dos espaços da Universidade, para responder a qualquer cenário no desenvolvimento das actividades em Setembro e Outubro”, assinala, salvaguardando, no entanto, que as regras de higiene e segurança da Direcção-Geral da Saúde (DGS) ainda não estão definidas.

“Essa é a nossa maior preocupação, não saber quais as regras claras que a DGS pretende que sejam aplicadas e quais as especificidades adultas e maduras que terão de ser aplicadas ao ensino superior”, alerta, reconhecendo ser difícil para as autoridades de saúde, a esta distância, “dizer quais as regras que podem ser operacionalizadas, sobretudo se houver o regresso da pandemia”.

Entre os planos de contigência definidos pela própria Universidade, há a hipótese de implementar um regime de rotatividade entre alunos, até porque de outra forma não será possível cumprir a provável obrigação de manter o distanciamento físico nas salas. 


O reitor lembra que o fim obrigatório do teletrabalho já possibilitou o regresso de colaboradores aos campi, realçando a realização presencial “de algumas aulas e exames”, apesar de alertar que esta retoma condicionada “não é nenhum ensaio ou preparação para o próximo ano lectivo”. “É apenas a adequação do funcionamento da instituição aos novos enquadramentos resultantes dos Conselhos de Ministros”, esclarece.



Rui Vieira de Castro compreende inquietação dos alunos

O reitor pronunciou-se ainda sobre a carta endereçada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) ao Governo e à própria Universidade, na qual são solicitadas respostas quanto às regras sanitárias que serão impostas para o próximo ano lectivo.

Rui Vieira de Castro compreende “a natural ansiedade” dos estudantes mas, uma vez mais, esclarece que “há elementos imponderáveis” que não permitem conhecer o que vai acontecer no próximo ano lectivo. O responsável aplaude, ainda assim, a iniciativa da AAUM, a qual diz representar uma “posição francamente madura e interessante”.

“[A carta] exprime a preocupação dos estudantes com o ensino à distância. É um modelo que tem um impacto social porque nem todos os estudantes têm condições para responder a essa modalidade”, alerta.

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Pedro Magalhães
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