BE vai pressionar Ministério das Finanças no caso do Hosp. de Braga
O Bloco de Esquerda considera “incompreensível” que o entrave para a regularização da situação dos quase 800 trabalhadores do Hospital de Braga, esteja nas mãos do Ministério das Finanças.
No seguimento de uma reunião com o Conselho de Administração da Unidade de saúde bracarense, José Maria Cardoso, deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo distrito de Braga, adiantou que “ainda não foram desbloqueadas as verbas necessárias” para a regularização dos vínculos. Um questão “urgente” na optica do bloquista.
A título de exemplo, um técnico superior de diagnóstico e terapêutica, no Hospital de Braga, leva para casa cerca de 950 euros por 40 horas de trabalho. Ora, em outros hospitais públicos os mesmos profissionais recebem 1.200 euros por 35 horas.
Em declarações à RUM, o deputado declara que o Bloco de Esquerda vai pressionar a tutela, de modo a resolver esta problemática que tem vindo a arrastar-se desde que o Hospital de Braga deixou de funcionar como Parceria Público Privada (PPP) para entidade pública empresarial (EPE). “É de todo incompreensível que seja o Ministério das Finanças a determinar sobre os problemas da saúde”, afirma.
O BE avança com uma outra reivindicação, no sentido de garantir que os 140 profissionais que foram contratados devido à pandemia de Covid-19 sejam “integrados de forma definitiva”. José Maria Cardoso revela que assim como o Bloco também a administração da unidade de saúde defende que estes trabalhadores podem ser essenciais para uma melhor resposta no caso da existência de uma segunda vaga.
O deputado eleito pelo distrito de Braga elenca que o Hospital de Braga está empenhado em diminuir o número de consultas e cirurgias que foram adiadas devido à pandemia. Recorde-se que desde o dia 1 de Julho está em marcha um plano de recuperação.
Já a partir de Setembro, e até ao final do ano, o Hospital de Braga em conjunto com o ACES de Braga vão iniciar um Plano de Contingência. O objectivo passa por criar um “grupo de infecciologistas”, de modo a contribuir de forma mais interventiva sobre o problema relacionado com a infecção do novo coronavírus.
