Apenas 1 metro de distanciamento nas escolas. STOP exige evidências científicas

O STOP – Sindicato de Todos os Professores – exige que o Ministério da Educação e a Direcção-Geral de Saúde expliquem qual o fundamento científico para a implementação nas escolas de um distanciamento físico de apenas 1 metro. Enquanto, todos os outros sectores em Portugal são aconselhados a manter uma distância mínima de 2 metros. 

À RUM o coordenador nacional do STOP, André Pestana, fala em “incoerências graves” que podem colocar em causa a saúde de mais de 1 milhão de crianças, jovens e docentes. 

“Como é possível que o Governo emane orientações para todas as actividades e fale em dois metros de distância mínima, mas para as escolas a recomendação fique por 1 metro se possível. Isto é gravíssimo. Isto é algo que pode pôr em causa a saúde pública e a própria actividade das escolas”, alerta.

Caso o problema esteja relacionado com a falta de capacidade das salas, o responsável avança com uma solução, já defendida pela estrutura há vários anos, a redução do número de alunos por turma. Na óptica do coordenador nacional é possível dividir as turmas, de modo a que as mesmas passem a contar com 15 alunos.

No entanto, André Pestana realça que existem professores que leccionam um total de 300 alunos. Logo, a premissa defendida pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, de criar uma bolha no ensino, ou seja, os alunos do 10º A não contactarem com o 10ºE, não passa, segundo o coordenador, de uma “bolha imaginária”.

Outra das incoerências graves do documento, endereçado pelo Ministério da Educação e a DGS, passa pelo facto do mesmo não estar assinado pelas entidades competentes. Uma clara fuga às responsabilidades, na opinião de André Pestana, caso venha a existir algum problema . “Alguém teve medo de assinar”, declara. 

Quanto ao reforço previsto, para este ano, de assistentes operacionais nas escolas, André Pestana adianta que pode não passar de uma espécie de manobra do Governo.


O coordenador teve conhecimento que muitos profissionais não viram os seus contratos renovados, por isso, estes devem ser os supostos reforços. Ou seja, o Governo irá contratar profissionais que não tiveram, a 31 de Agosto, os contratos renovados. 

O Sindicato já enviou um comunicado oficial à Ministra da Saúde, à Directora-Geral da DGS e ao Ministro da Educação a alertar para estas incoerências. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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