Técnicos de eventos organizam acção de sensibilização destinada ao Governo

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) organiza, esta terça-feira, uma acção de sensibilização, pacífica e organizada, em Lisboa tendo como principal destinatário o Governo, “por forma a que se consiga promover o diálogo junto dos agentes governamentais e para que os mesmos tomem, urgentemente, as medidas necessárias para que a indústria dos eventos e dos espetáculos sobreviva neste tão especial contexto”.
“O sector precisa de apoios governamentais que nos ajudem a sobreviver durante este momento tão peculiar da nossa história, e que nos tem impedido de trabalhar e reencontrar as nossas equipas que tanto já fizeram pelo mundo audiovisual e artístico em Portugal. Precisamos de respostas mais concretas, por parte do Governo, e medidas de apoio que nos permitam aguentar todo um sector que se encontra completamente imobilizado. O nosso desejo, depois desta pandemia, é podermos continuar a contribuir para o crescimento económico e social do país, promovendo e produzindo eventos que todos gostamos como: festivais, concertos, congressos, casamentos, romarias, feiras, encontros empresariais, etc…”, pode ler-se na página da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos.
A iniciativa, garante a orfanização,vai seguir uma premissa organizada e concertada, através de uma acção pensada e executada em conjunto com todas as empresas pertencentes à APSTE.
A associação tem apenas dois meses de existência e 140 associados. O presidente da APSTE, Pedro Magalhães, refere que a situação “é caótica” porque “não há trabalho”. As quebras são superiores a 80% e o dirigente alerta que “há pessoas freelancers a passar fome porque não têm forma de se sustentar”.
Assumindo que o lay-off simplicado “foi muito importante”, com esta nova medida, os colaboradores devem vir para as empresas 30% do tempo e as empresas não estão isentas da Segurança Social o que representa um aumento dos custos quando a facturação “é praticamente zero”. Em risco estão “muitos postos de trabalho”. O sector apela à abertura de diálogo por parte do Governo para dar a conhecer o sector cujo valor não é reconhecido.
Está agendada para a noite desta terça-feira mas, na Praça do Comércio, em Lisboa, está tudo preparado para receber os trabalhadores que participam na acção reivindicativa. No local é possível verificar uma mega instalação composta por Flight Cases.
Por razões de segurança (COVID-19), este evento não será presencial, com excepção dos participantes creditados.
No seu manifesto, a associação assume que o contexto “é sistémico e transversal a todos os países do mundo, onde a indústria dos eventos se tem unido para formalizar iniciativas que mostram, categoricamente, o impacto avassalador numa indústria que se encontra completamente parada e sem o apoio necessário dos respectivos governos”.
