“A CMB não abate árvores apenas por acto de loucura dos seus responsáveis”

Ricardo Rio afirma que a Câmara Municipal de Braga recebe muitos mais pedidos de abate de árvores do que para salvaguarda das mesmas.

Em entrevista ao programa da RUM, Campus Verbal, questionado sobre se o abate de árvores em bom estado na avenida dos Lusíadas aconteceu por uma análise errada dos técnicos camarários, o autarca afirmou que as críticas apontadas ao município não são justas.

“Recebemos muito mais e-mails e solicitações diárias de pessoas que nos pedem para abater árvores nas zonas envolventes às suas residências ou a determinados locais por questões de segurança, de comodismo ou porque provoca resíduos do que propriamente para salvaguarda das mesmas”, respondeu. 

O autarca sustenta que a CMB “não abate árvores apenas por acto de loucura dos seus responsáveis que de repente resolveram ter uma medida contra o ambiente”.

Saindo em defesa dos técnicos camarários, Rio insiste que “era necessário o abate para conciliar a ciclovia com a via rodoviária gerida pela IP”. No futuro, o município “vai repor no local e não num monte qualquer, a replantação do máximo de espécies arbóreas que possam criar condições para promover o equilíbrio”. 

Ricardo Rio acrescenta que há uma política de plantação de novas árvores em todo o concelho que é muito superior àquilo que foi o abate nos últimos anos”.

Uma cidade com poucas sombras e cada vez mais quente. Autarca afirma que têm procurado equilibrar, mas a estrutura da cidade está muito despida com uma malha urbana difícil.


Questionado sobre o abate constante de árvores na cidade, na constatação de cada vez menos sombras e uma cidade com o ar “mais pesado”, Ricardo Rio lembra que a estrutura urbanística não foi desenhada pelo actual executivo, “tem várias décadas e não se resolve de um momento para o outro”.

A CMB, diz, “está a trabalhar contra o tempo” e afasta a ideia de que o abate de árvores seja a marca da actuação deste executivo. “Temos tido a preocupação de expandir e de qualificar as zonas verdes da cidade”, argumenta.


Braga, uma cidade cosmopolita? Não devia estar a fazer mais pela promoção do uso da bicicleta?

O autarca admite achar “piada” às soluções apresentadas pelos movimentos cicláveis nomeadamente nas principais artérias. Apontando que “as soluções apresentadas são factores de degradação significativa da fluidez de circulação do trânsito, refere que “suprirmir livremente faixas para criar ciclovias ia provocar um congestionamento muito maior”. Rio recusa que essa alteração fosse bem sucedida e sustenta que não resultaria num aumento significativo de pessoas “a andar de bicicleta”. “Não podemos sacrificar o bem-estar do conjunto da população apenas por um ideal – que é defensável no sentido de criação de soluções mais sustentáveis- , daí que a nossa aposta seja a valorização do transporte público”, continua.

Os km’s da rede ciclável de Braga

Rio assegura que a CMB vai aumentar a rede ciclável e que há metas a atingir até 2025, mesmo que o seu mandato termine já em 2021. “Temos projectos que vão expandir significativamente a rede do concelho. A muito curto prazo teremos mais 8Km de rede na Variante do Fojo. A Variante da Encosta vai ser toda qualificada, e que vai ter outras condições de segurança já com ligação à UMinho e à própria Ecovia do Rio Este e temos o projecto da Ecovia do Cávado, mas que tem tramitações mais exigentes”, explica. O autarca garante que há “vontade política para avançar”.

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Galiza Mais Perto
NO AR Galiza Mais Perto A seguir: Volta ao Mundo em 180 Discos às 22:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv