‘A Grande Vaga de Frio’ invade esta sexta-feira o Theatro Circo 

‘A Grande Vaga de Frio’ vai estar em cena esta sexta-feira, às 21h30, na sala principal do Theatro Circo. Baseado em ‘Orlando’, de Virgina Woolf, o texto da dramaturga Luísa Costa Gomes é interpretado por Emília Silvestre, através de um monólogo.

O enredo centra-se na personagem que dá nome ao romance da escritora britânica. Ao longo de 400 anos, ‘Orlando’ vai-se transformando várias vezes em homem e em mulher. “Há uma frase que ‘Orlando’ diz sempre que se transforma: «Sexo diferente, a mesma pessoa»”, adianta a actriz que dá corpo e voz à personagem.

Entrevistada pela RUM, Emília Silvestre explica que, nesta obra, Virginia Woolf é “bastante crítica contra uma política social baseada na implementação de valores morais muito rígidos, através da perseguição a escritores, homossexuais, políticos e opositores”. ‘Orlando’ debruça-se sobre várias questões centrais do século XIX, sobretudo da época vitoriana, prevalecente no Reino Unido.

O encenador Carlos Pimenta acrescenta que “um dos temas mais importantes é a emancipação da mulher”, constituindo “uma censura crítica ao puritanismo vitoriano”. “O título é ‘A Grande Vaga de Frio’ porque existe essa ideia de congelamento e descongelamento que atravessa metaforicamente a personagem ‘Orlando’ “, esclarece.


Tendo como ponto de partida o romance de Virgina Woolf, publicado em 1928, ‘A Grande Vaga de Frio’ estreou em 2017, com a adaptação de Luísa Costa Gomes, e vai estar em cena pela primeira vez em Braga. Carlos Pimenta fala de uma peça que ganha uma dimensão maior devido à intervenção da dramaturga portuguesa, considerando que existe “uma espécie de transmutação”.

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Tiago Barquinha
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