“TECMEAT não é um centro de Famalicão, mas de Portugal e outros países”

Está a dar os primeiros passos, em Vila Nova de Famalicão, o Centro de Competências do Agroalimentar – TECMEAT -, o único no país focado na investigação, desenvolvimento e promoção da indústria das carnes.
Os investigadores devem chegar a partir de Outubro, para “transformar conhecimento em valor”, reconheceu o presidente do TECMEAT, Amândio Santos.
Segundo o presidente, “o sector tem um problema enorme: mão-de-obra”. “As empresas não têm, em ambiente industrial, as competências e a capacidade para formar novos técnicos. O TECMEAT tem a obrigação de responder a uma das primeiras necessidades que é a mão-de-obra qualificada, que acresente valor e que tenha retorno imediato, com benefício para as empresas”, acrescentou.
Amândio Santos assegurou ainda que “o centro vai agregar o sector”. “Empresas, centro tecnológico, academia e associações vão permitir perceber as variáveis mais importantes para o negócio, acrescentar valor, formando os técnicos, criando competências ao nível da inovação e investigação e colocando as empresas em rede, para tirarem partido desta transversalidade de conhecimento”, afirmou ainda.
Autarca famalicense acredita que TECMEAT vai permitir aumentar a produção, exportação e salários
Paulo Cunha quer que o TECMEAT tenha uma dimensão nacional e até internacional. “Não é um centro de Famalicão, queremos que todas as empresas de Portugal e de outros países se juntem”, afirmou o presidente da Câmara de Famalicão.
Segundo o autarca, “há uma grande receptividade por parte das empresas, porque perceberam o enorme ganho que terão por se juntarem a este projecto e beneficiarem do conhecimento e tecnologias que vai ser proporcionado”.
O autarca enalteceu a interecção e cooperação existente entre as várias entidades associadas ao Centro de Competências do Agroalimentar. “Dentro de pouco tempo vamos ver este espaço a trabalhar, com investigadores, formação, experimentação e desenvolvimento para que as nossas empresas possam produzir e exportar mais e para que os nossos trabalhadores possam adquirir mais competências e ser melhor remunerados”, acrescentou.
Paulo Cunha visitou, esta quinta-feira, o laboratório de microbiologia e o local onde ficará instalada uma unidade piloto para simulação industrial que deverá estar concluída ainda no final deste ano.
A criação do Centro de Competências do Agroalimentar implicou um investimento de cerca de um milhão de euros, contando com uma comparticipação FEDER de 812 mil euros.
O setor do agroalimentar é, de resto, identificado como prioritário na agenda do plano estratégico concelhio. É no concelho famalicense que estão sediadas inúmeras empresas altamente competitivas e tecnologicamente avançadas que fazem já de Famalicão um dos mais relevantes municípios neste setor.
A Universidade do Minho é uma das entidades sócio fundadoras do TECMEAT.
