Covid ou gripe? A ordem dos sintomas pode ajudar a distinguir

Depois de o mundo científico se ter dedicado a perceber quais os sintomas associados ao novo coronavírus que provoca as infecções de covid-19, ganha importância também a ordem pela qual aparecem esses sintomas, o que pode ser particularmente útil para os médicos avaliarem de forma mais precoce e eficaz a diferença entre casos de covid e meras gripes comuns.

Segundo o jornal belga LaLibre, investigadores da Universidade da Califórnia do Sul (USC) estudaram os casos de 55 924 pacientes chineses afectados por covid-19 e fizeram uma lista cronológica dos sintomas observados em cada paciente.

O objectivo do estudo passava por estabelecer se a sequência inicial dos sintomas era ou não semelhante em muitos deles. E os resultados, publicados na revista científica Frontiers in Public Health, tendem a provar que realmente existe um padrão semelhante no aparecimento dos sintomas.

Baseado nesse estudo, os investigadores foram, então, capazes de elaborar uma lista dos sintomas de infecção por coronavírus em ordem cronológica:

1) febre

2) tosse

3) dor de cabeça, garganta ou dores musculares

3) náusea e/ou vómito

4) diarreia

Uma ordem que, refere o La Libre, difere daquela que é mais comum em casos de gripe:

1) tosse ou dor muscular

2) dor de cabeça

3) dor de garganta

4) febre

5) náusea e/ou vómito e diarreia

O reconhecimento dessa sequência de sintomas pode ser de particular interesse para os médicos, já que doentes com influenza (gripe sazonal) ou covid-19 são difíceis de distinguir, devido a apresentarem sinais semelhantes (tosse forte, febre).

Ora, segundo estes investigadores americanos, os clínicos gerais podem basear-se na ordem de aparecimento dos sintomas para mais precocemente identificarem os casos de coronavírus, algo particularmente relevante à medida que se aproxima o outono [e o normal aumento de casos de gripe sazonal] no hemisfério norte.

“Saber essa ordem é especialmente importante quando enfrentamos ciclos de doenças como a gripe que coincidem com a pandemia atual”, disse Peter Kuhn, professor de Medicina e Engenharia Biomédica da USC.

Embora a abordagem dos investigadores pareça promissora na distinção entre os dois tipos de infeção, os cientistas alertam para o facto de os sintomas poderem variar de pessoa para pessoa, lembrando que alguns pacientes com covid- 19 não chegam sequer a apresentar qualquer sintoma. De qualquer forma, sublinham, fica um guia orientador que pode ser útil para um diagnóstico mais rápido.

DN

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