“Qual o objectivo de aumentar o salário mínimo? Aumentar o desemprego?”

O líder do PSD, Rui Rio, defendeu esta tarde que o salário mínimo não deve aumentar este ano questionando “qual o objectivo do governo em aumentar o salário mínimo”. “Aumentar o desemprego?”, questionou Rui Rio, lembrando o Governo de José Sócrates que aumentou os salários em 2009, para posteriormente os cortar.

Dizendo-se favorável ao aumento do salário mínimo, mas não numa situação de dificuldade económica como a que se vive presentemente, Rio sublinhou: “Não é agradável dizer isto que estou a dizer, não rende um voto”. E insistiu com António Costa. “Acha sensato agravar os custos das empresas dessa maneira?”, questionou, numa intervenção onde começou por afirmar que a “prioridade tem de ser dada às empresas”.

Antes, António Costa abriu o debate parlamentar voltando a apelar ao contributo de todas as forças políticas, dos parceiros sociais, das autarquias, para que os fundos europeus sejam aplicados de forma eficiente. “É preciso acelerar o futuro”, afirmou o primeiroministro, defendendo que “não podemos regressar a onde estávamos em fevereiro”.

O Parlamento debate esta tarde o Plano de Recuperação e Resiliência para a próxima década. O documento foi apresentado por António Costa aos partidos com assento parlamentar, na última segunda-feira, e foi recebido com críticas, mas também com a disponibilidade dos partidos para dar contributos para a estratégia de recuperação económica.

O plano, definido pelo Governo incorporando a visão estratégica para o país que foi delineada por António Costa Silva, visa definir o destino dos futuros fundos comunitários no período de recuperação pós-pandemia covid-19. Foi dividido em três grandes áreas – resiliência, transição climática e transição digital.

De acordo com a agência Lusa, para a resiliência, que junta as vulnerabilidades sociais, o potencial produtivo e a competitividade e coesão territorial, o Governo prevê, no esboço inicial do documento, um investimento de sete mil milhões de euros, mais de metade do total, sendo que a maior parcela – 3200 milhões de euros – será aplicado no Serviço Nacional de Saúde, na habitação e em respostas sociais.

Para o potencial produtivo, que agrega o investimento e inovação com qualificações profissionais, estão destinados 2500 milhões de euros. Já para a competitividade e coesão territorial estão previstos 1500 milhões de euros.

Para a transição climática, o plano prevê um investimento de 2700 milhões de euros e para a transição digital estão alocados três mil milhões, divididos entre as escolas, as empresas e a administração pública.

Para já, este é um primeiro debate (pedido pelo Governo) sobre o plano, que será apresentado em meados de outubro à Comissão Europeia.

DN

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