CGTP defende aumento salarial para inverter a situação do país

Numa altura em que a taxa de desemprego aumenta no país e na região, a secretária-geral da CGTP critica as decisões do Governo de António Costa.
A taxa de desemprego em Agosto subiu para 8,1%, mais 0,2 pontos percentuais do que em Julho, indicam dados provisórios do INE, que apontam para a existência de 417 mil pessoas desempregadas em Portugal (mais 13.300 do que em Julho).
No mesmo mês, no total dos concelhos do quadrilátero urbano, o desemprego atingia quase 23 mil pessoas.
Segundo uma previsão da NOVA Information Management School, a taxa de desemprego global em Portugal deverá atingir os 10,2% e superar os 20% em mais de dez concelhos.
A pandemia, sabe-se, veio agravar estes números, mas, para Isabel Camarinha, “os problemas estruturais que o país já tinha, o modelo de baixos salários e grande precariedade, acentuada pelas alterações à legislação laboral, contribuiu para a fragilização da relação de trabalho”.
Para inverter a situação, defende a sindicalista, é necessário “o aumento geral dos salários, do salário mínimo nacional, que vai aumentar o consumo, a produção nacional, incrementar o mercado interno e dar a volta a esta situação”. “O Governo mantém as suas opções desiquilibradas e tem que investir no sector público, valorizar o trabalho e os trabalhadores, garantir o emprego estável e com direitos para todos, assim como investir nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado”, acrescentou.
A secretária-geral da CGTP considera ainda necessária “a valorização dos trabalhadores da administração pública, que estão sem aumentos salariais há mais de dez anos, valorizar as suas carreiras e profissões e aumentar o número de trabalhadores nos serviços prestados às populações”. “No Orçamento do Estado para 2021, o Governo
tem a oportunidade de incrementar o investimento público e a recuperação de sectores estratégicos para o Estado”, finalizou.
