“Associativismo juvenil já merecia uma visão diferente por parte do Governo”

O presidente da Synergia lamenta a falta de apoios do Governo às associações juvenis.

A associação bracarense recebe, no âmbito do Programa de Apoio Juvenil (PAJ), “cerca de 12 mil euros por ano”. Uma verba que Ricardo Sousa diz não ser “assim tão avultada, para o trabalho e apoio” que a Synergia dá.

Em entrevista à RUM, o dirigente confessa que o movimento associativo “já merecia uma visão diferente por parte do Governo”. “O Instituto Potuguês do Desporto e Juventude tem uma relação muito próxima com as associações e fez o possível e o impossível, nesta fase, para colaborar, sabendo que muitas associações podiam mesmo extinguir-se”, afirmou. No entanto, acrescentou, “em algumas áreas, e até algumas candidaturas, o associativismo juvenil não é considerado e, muitas vezes, nem é possível fazer essas candidaturas. Às vezes, não se trata de um apoio financeiro, mas de respeito e aceitação”. 


Por isso mesmo, o presidente da Synergia defende que as associações “precisavam e mereciam passar para outro registo, algo que nesta fase daria jeito para manter os postos de trabalho das organizações”.


“Não tínhamos vergonha de dar uns passos atrás e voltar a ser uma associação mais pequena, mas nunca ponderamos a extinção”

Para Ricardo Sousa, o associativismo juvenil “é visto como era há 20 anos, como grupos de jovens que se juntam e que fazem umas coisas para fomentar a participação juvenil”. “Há associações que criam impacto e que fazem alterações nas suas sociedades. Esse impacto tem que ser valorizado e o apoio tem que ser em função disso. Se nos exigem rigor no nosso trabalho, também têm que ser rigorosos quando nos estão a avaliar, porque não é por sermos jovens que deixamos de ser bons profissionais e capazes naquilo que fazemos”, apontou. 

À semelhança de outras associações, a Synergia teve, este ano, que readaptar o seu plano de actividades para garantir o financiamento público, de acordo com um decreto-lei publicado pelo Governo, em Agosto.

Apesar das dificuldades agravadas pela pandemia, Ricardo Sousa garante que a associação bracarense nunca ponderou fechar portas. “Nunca largaríamos o propósito da associação. Não tínhamos vergonha de dar uns passos atrás e voltar a ser uma associação mais pequena, fazer menos coisas e ter menos responsabilidades, mas nunca ponderamos a extinção”, justificou. O dirigente da associação juvenil bracarense considera até que são precisas, “mais do que nunca, associações activas, capazes de prestar aos jovens o apoio de que vão precisar”. 

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Liliana Oliveira
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