CDU acusa CMB de adquirir viaturas não prioritárias para os Sapadores de Braga

O vereador da CDU acusa o pelouro da Protecção Civil da Câmara de Braga de ter adquirido três viaturas para os Bombeiros Sapadores, que não eram prioritárias. Esta sexta-feira, na reunião de Câmara, Carlos Almeida quis ver esclarecidos alguns aspectos sobre a frota da corporação e os seguros de trabalho dos bombeiros. 

No último mês, a autarquia comparticipou uma ambulância do INEM, uma viatura de protecção multirisco e ambiente, que, no distrito, só existia em Famalicão, uma viatura de operações especiais e ainda duas moto 4, de apoio a incêndios florestais. 

“As necessidades estão identificadas há muito tempo. O próprio presidente da Câmara, numa cerimónia pública realizada há mais de um ano, teve oportunidade de dizer que a Viatura Urbana de Combate a Incêndios (VUCI) estava por dias e que era prioritária. Não se concretizou e, mais grave do que isso, concretizaram-se aquisições que não se compreendem. A aquisiçao da VUCI é urgente, assim como é urgente a aquisição de uma viatura de desencarceramento, porque, neste momento, não conseguem fazer desencarceramento em material pesado”, explicou Carlos Almeida. 

Contactado pela RUM, Altino Bessa, que esteve ausente da reunião, acusa o comunista de ter ficado “incomodado porque no espaço de um mês os Bombeiros Sapadores receberam três viaturas”. “Neste momento, temos viatura de combate a incêndio urbano e temos viatura de desencarceramento. As outras não existiam e, com a sua aquisição, alargamos a nossa capacidade de intervenção e em cenários mais diversos”, justificou Bessa, garantindo que a autarquia continuará a renovar a frota. “Eram necessárias”, disse ainda.

O vereador da CDU critica ainda a “manifesta vontade do responsável do pelouro dizer que estão a fazer um grande investimento e anunciar três viaturas novas, quando uma é paga pelo INEM e outra é uma viatura usada, que vem completamente vazia e, portanto, não dá resposta para o que está vocacionada, que é intervenção em acidente de matérias perigosas”. “Mais investimento, menos propaganda”, finalizou Almeida.


Na resposta, o responsavél pela pasta da Protecção Civil diz ser “descabido, ridículo e mesquinho” dizer que a viatura não está operacional. “Já temos algum equipamento e estamos a adquirir mais. Nós adquirimos uma viatura que precisa de dezenas de milhares de euros de equipamento e, em breve, estará operacional”, apontou Altino Bessa. 


O vereador diz que a acusação se baseia numa foto que o próprio partilhou na sua página do Facebook, mas frisa que “nunca foi dito que a viatura em causa estava operacional, até porque não foi oficializada”. 

“A ambulância do INEM custou 75 mil euros e contou com uma comparticipação municipal de 25 mil. Nas restantes viaturas adquiridas foram investidos 80 mil euros e em equipamento para a viatura de operações especiais mais 60 mil euros”, detalhou o vereador.

Câmara tem “em contratação” seguro de acidentes de trabalho para os bombeiros

Ainda no universo dos Sapadores, o vereador Carlos Almeida questionou o executivo sobre a inexistência de um seguro de acidentes de trabalho, que proteja estes profissionais. 

“É uma reclamação antiga que nunca foi atendida. É um direito legítimo que lhes assiste”, justificou. 


Na resposta, Olga Pereira, vereadora dos Recursos Humanos, adiantou que, por “obrigatoriedade da lei, a Câmara suporta aos bombeiros sapadores e aos voluntários um seguro de acidentes pessoais e tem em contratação um seguro de acidentes de trabalho, porque entende que deve promover esse tipo de protecção, não sendo ele obrigatório”.  A vereador adiantou ainda que a abertura do concurso para a promoção de bombeiros “vai acontecer”. “Está em tramitação”, acrescentou.

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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