Fibrenamics Green finalista do prémio europeu Regiostars 2020

A plataforma Fibrenamics Green, que nasceu na UMinho, em 2016, é finalista do prémio da Comissão Europeia Regiostars 2020, que distingue projectos financiados por fundos europeus que demonstrem novas abordagens em áreas como o desenvolvimento urbano ou a sustentabilidade.

Entre 25 finalistas, o projecto está a concurso na categoria de “Crescimento sustentável: economia circular para uma Europa Verde”.


“A nomeação responsabiliza, mas também nos motiva a continuar. Penso que temos boas possibilidades de ganhar este prémio, mas só o facto de estarmos nos 25 finalistas já reconhece o que fizemos até este momento”, disse à RUM Raul Fangueiro, coordenador da Fibrenamics Green e docente da UMinho. 

Através de uma plataforma colaborativa, a Fibrenamics quer responder aos milhões de toneladas que a indústria produz anualmente na União Europeia. Para isso, conta já com “20 investigadores, 100 parceiros industriais e 80 designers e arquitectos, que ajudam a converter os resíduos em produtos”. 

São aproveitados resíduos de diferentes áreas, entre elas a do têxtil, calçado, madeira, plástico, mineira, automóvel ou da construção. “Todos têm um potencial elevado de transformação em produtos”, garantiu Raul Fangueiro. 

A partir destes resíduos surgem produtos como “solas de calçado, mobiliário urbano, desde bancos de jardim a caixotes do lixo, mas também revestimento de fachadas de edifícios ou elementos de design de interior, como candeeiros”. “Os resíduos são a pedra de toque de cada um destes produtos, são o factor diferenciador”, acrescentou.

A nomeação para finalista do Regiostars 2020 é, para o coordenador, uma janela de oportunidade para a internacionalização. “Em Portugal, começamos no Norte e já expandimos para outras zonas do país e interessa também expandir a nível internacional, principalmente na Europa”, apontou. 

Na área da indústria têxtil, o objectivo é chegar a Espanha e ao norte de Itália. No que diz respeito aos resíduos de madeira, interessam mais os países nórdicos.


O projecto made in UMinho já deu origem a duas spin offs: a SlateTec, que se dedica à produção de ecocompósitos, para a valorização de resíduos produzidos na extração da ardósia; e a Givaware, que se dedica ao desenvolvimento de produtos, utilizando novos materiais sustentáveis de acordo com os princípios da economia circular.


Na categoria “Economia circular para uma Europa verde” concorrem, além da Fibrenamics Green, os seguintes projectos: Take the Cool Food challenge; SeRaMCo- Secondary Raw Materials for Concrete Precast Products; EcoDesign Circle e Blue Circular Economy. 

Os vencedores do Regiostars 2020 serão conhecidos dia 14 de Outubro, em Bruxelas. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Português Suave
NO AR Português Suave A seguir: Alumni pelo Mundo às 20:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv