Parlamento chumba referendo à eutanásia

O Parlamento chumba a iniciativa popular para promover um referendo à eutanásia – que recolheu mais de 95 mil assinaturas. O PS, o PCP, os Verdes, o BE, alguns deputados do PSD e duas deputadas não inscritas votaram contra a proposta.
No dia anterior a discussão demorou pouco mais de uma hora, preenchida por discursos de apelo ao referendo e a que o debate saia das quatro paredes do Parlamento e também de defesa do papel da Assembleia da República em matéria de direitos fundamentais.
Os argumentos pró e contra referendo oscilaram entre a legitimidade (ou falta dela) para os deputados decidirem numa matéria que, por exemplo, não estava no programa eleitoral do partido que ganhou as legislativas, o PS, e a defesa de dar a palavra “ao país e aos portugueses”, bem como as críticas à pergunta proposta: “Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível em lei penal em quaisquer circunstâncias?”.
Discutida a iniciativa da Federação pela Vida e feito o debate no Parlamento, chegou a altura da votação. Perante o que já foi anunciado pelas diversas bancadas parlamentares, já se antevia como difícil que os portugueses viessem a ser chamados a pronunciar-se sobre a morte assistida.
RR
