Costa sublinha que obra do “rei Artur” Cruzeiro Seixas continuará a ser “uma inspiração”

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje a obra do artista plástico Cruzeiro Seixas, que morreu no sábado com 99 anos, considerando que continuará a ser “uma inspiração”.

“O ‘rei Artur’ deixou-nos, mas a sua obra seguirá sendo uma inspiração”, escreveu António Costa na sua conta oficial na rede Twitter.

O chefe do executivo português lembra ainda que “Artur do Cruzeiro Seixas deu longa vida ao surrealismo português” e que “os seus desenhos e objetos, nascidos da associação livre de elementos inesperados, continuam hoje tão irreverentes como quando foram criados”.

Cruzeiro Seixas morreu no domingo no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, aos 99 anos, revelou a Fundação Cupertino de Miranda.

Foi um dos nomes destacados do surrealismo em Portugal, é autor de um vasto trabalho no campo do desenho e pintura, mas também na poesia, escultura e objetos/escultura.

Em outubro tinha sido distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, pelo “contributo incontestável para a cultura portuguesa”, ombreando, com Mário Cesariny, Carlos Calvet e António Maria Lisboa, como um dos nomes mais relevantes e importantes do Surrealismo em Portugal, desde finais dos anos 1940.


Em outubro tinha sido distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, pelo “contributo incontestável para a cultura portuguesa”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do “mestre” Cruzeiro Seixas, aos 99 anos, o artista plástico que pertenceu a uma geração que “revolucionou o panorama artístico e literário” português.

“Artur do Cruzeiro Seixas, que nos deixou depois de uma vida longa e livre, foi uma figura multímoda da cultura portuguesa. A sua geração, que na década de 1940 aprendeu e transpôs as lições do surrealismo francês, revolucionou o nosso panorama artístico e literário”, lê-se numa nota de pesar na página da Presidência.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que nas pinturas, desenhos, colagens, objetos e produção poética de Cruzeiro Seixas, “o mundo reencanta-se: é uma vez mais maravilhoso, insólito, fantástico, enigmático”.

“É um vivíssimo corpo em metamorfose, com uma ‘volúpia da vitalidade’ que lhe confere unidade na diversidade, através das décadas e dos diferentes registos plásticos e poéticos”, afirma o Presidente da República.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “as obras de Cruzeiro Seixas, para citar versos seus, ‘sabem ler nos mapas mais secretos / e de olhos vendados / o intensíssimo / amor dos relâmpagos’. É esse segredo nunca desvendado, esse amor dos relâmpagos, que devemos a Mestre Cruzeiro Seixas”.

Artur do Cruzeiro Seixas, nascido na Amadora em 03 de dezembro de 1920, é um dos nomes fundamentais do Surrealismo em Portugal, era um dos últimos surrealistas, cuja obra se estende aos campos do desenho, da pintura, da poesia, da escultura e dos objetos.

Em outubro tinha sido distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, pelo “contributo incontestável para a cultura portuguesa”.

Cruzeiro Seixas, cuja obra está representada em coleções como as do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Cupertino de Miranda, faria cem anos a 03 de dezembro.

c/ Lusa

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