CIM Cávado aprova orçamento para 2021 com concessão de serviço de transportes

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado tem previsto assegurar a concessão do serviço de transportes entre concelhos já no próximo ano. Esse é um dos objectivos do plano e orçamento da estrutura regional para 2021, aprovado esta terça-feira na Assembleia Intermunicipal do Cávado, por maioria, no valor de 3,2 milhões de euros
À RUM, o presidente da CIM Cávado, Ricardo Rio, revela que “parte substancial” do orçamento servirá para a estrutura concretizar, em 2021, “o concurso de concessão, entretanto lançado e adjudicado, dos serviços de transporte no cávado em definitivo”, recordando o serviço provisório lançado pela CIM em Maio passado por causa da pandemia.
A rede em causa é constituída por linhas municipais dos municípios de Amares, Esposende, Vila Verde e Terras de Bouro, por linhas intermunicipais onde se incluem os municípios de Barcelos e Braga, e ainda linhas regionais que ligam estes a territórios envolventes.
Além dos transportes, os objectivos da CIM que abrange os concelhos de Braga, Barcelos, Amares, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde passam, no próximo ano, pela preparação do novo quadro comunitário 2021-2027 e pela implementação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) na região.
Ricardo Rio assinala que o PRR “será assumido como prioridade estratégica em 2021”, alertando ser necessário “existir vontade política, da parte do Governo, para envolver as estruturas locais e intermunicipais na concretização” do PRR, garantindo que os projectos da CIM são “perfeitamente elegíveis” mas que, para acontecerem, “é preciso que uma parte relevante das verbas [associadas ao PRR] possa ser canalizada para o território”.
Fusão da CIM Cávado e CIM Ave? “Não há necessidade de avançar”
A reunião da CIM Cávado não discutiu a hipótese já levantada por responsáveis políticos do distrito quanto à eventualidade de fundir a CIM do Cávado e a CIM do Ave, que engloba outros municípios do distrito como Guimarães e Vila Nova de Famalicão.
Confrontado com a hipótese, Ricardo Rio considera que “não há necessidade de avançar para um modelo desses” se a “regionalização avançar de uma forma mais determinada”, lembrando que as CIM’s do Cávado e Ave têm colaborado até com a CIM Alto Minho, de modo informal, em matérias de promoção turística e gastronómica.
