Sondagem. Mantém-se tendência para voltar ao trabalho no local habitual

A diminuição dos casos de teletrabalho e o layoff de pessoas sem atividade confirmam essa situação, revela uma sondagem da Universidade Católica para a RTP e jornal Público. Isto apesar de os números da pandemia se terem agravado depois do verão e de o teletrabalho ser obrigatório em alguns concelhos. Entre os que estavam a trabalhar antes da crise, 4% estão agora desempregados.

A pergunta a que a sondagem da Universidade Católica pretende dar resposta é: “Quem estava a trabalhar antes da crise, como está agora?”. O centro de sondagem recorreu a 1315 inquéritos, com uma margem de erro de 2,7% com um nível de confiança de 95%.

Cerca de quatro em cada cinco estão agora a trabalhar no mesmo local ou locais. Entre eles, 79% estão a tempo inteiro e 3% a tempo parcial.

Cerca de 10% estão em teletrabalho (em abril eram 23%). Isto apesar de em muitos concelhos do país o teletrabalho ser obrigatório como medida de mitigação da pandemia.

Um por cento estão em layoff e 4% estão agora desempregados. Entre os inquiridos, 1% afirmam estar sem atividade, 1% reformaram-se e 1% referem outra situação (como por exemplo, assistência à família, estudo).

Comparando com inquéritos realizados em abril, maio e julho, percebe-se que se mantém uma tendência para a recuperação da atividade laboral, no local habitual, com a diminuição dos casos de teletrabalho, layoff e de pessoas sem atividade.

A Universidade Católica considera que “as oscilações no desemprego podem ser apenas resultado de erro amostral, podendo não ter significado estatístico”.

Trabalho no próximo ano

Quanto ao futuro, os inquiridos que estão neste momento a trabalhar foram questionados sobre como se perspetivam no próximo ano.

A maioria (51%) imagina-se a trabalhar no próximo ano; 31% considera pouco provável perder o emprego.

No entanto, 16% consideram “algo” ou “muito provável” (5%) perder o emprego nos próximos 12 meses.

Aos inquiridos que manifestaram não ter emprego, foi perguntado se achavam provável ter trabalho no próximo ano.

As opiniões dividem-se. 15% considera ser “nada provável”, 34% considera ser “pouco provável”. Mas para 32%, é “algo provável” e para 15% é mesmo algo “muito provável”. 4% dos inquiridos não sabem ou não respondem.

Maioria com rendimentos iguais

Em comparação com os resultados de estudos anteriores, parece haver alguma recuperação de rendimentos para a maioria das famílias, sendo agora maior a percentagem que diz ter rendimentos iguais e mesmo superiores aos que tinha antes da pandemia.

Agora, são 69% aqueles que dizem ter rendimentos iguais (em julho eram 67%, em maio eram 58% e em abril eram 61%).

Para 5% dos inquiridos, os rendimentos são mesmo superiores aos que tinham antes da pandemia (em julho eram 3%, em maio eram 2% e em abril eram 1%).

No entanto, 26% referem ter rendimentos inferiores aos que auferiam antes da crise. Um valor que tem vindo a descer: em julho eram 29%, em maio eram 38% e em abril eram 36% que diziam ter rendimentos inferiores.

RTP

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