FC Vizela. “Havemos de chegar à primeira liga, mas de forma sustentada”

O diretor-geral da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Vizela assume o objetivo de subir à primeira liga, mas não a qualquer custo. O assunto foi abordado no programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira.

Quatro épocas depois, o clube minhoto está de regresso ao segundo escalão do futebol português, encontrando-se no oitavo lugar, ao cabo de 14 jornadas. Tiago Dias explica que, em 2017, aquando da constituição da SAD, “o trajeto proposto foi chegar à primeira liga” – só esteve uma vez na competição, em 1984/1985. 

Sem apontar datas específicas para a concretização desse objetivo, alerta que, “quem aposta logo as fichas todas, corre o risco de depois não ter fichas para gastar”. “Todo o investimento tem de ser ponderado. Havemos de chegar à primeira liga, mas de forma sustentada e com muita calma”, acrescenta.

A criação da SAD surgiu após a última participação da equipa na segunda liga, em que desceu na época imediatamente seguinte a ter subido. O dirigente frisa que, atualmente, “a estrutura não tem nada a ver” e que a temporada 2016/2017 “funcionou como o ‘ano zero’”.

A partir daí foram construídos campos de treino e o Estádio do FC Vizela sofreu várias intervenções, além do “investimento em recursos humanos e tecnológicos”. “Não adianta ter barras de ouro no meio do terreno e não ter proteção para elas. Não ter as paredes, as portas e as janelas. O que aprendemos há quatro anos é que é preciso ter condições para se estar nos campeonatos profissionais. Não basta querer”, argumenta.

O treinador do FC Vizela também participou no programa. Álvaro Pacheco é perentório ao afirmar que, nesta época de regresso à segunda liga, “o objetivo principal é a manutenção”. Enaltecendo que a equipa “não se pode focar naquilo que é aleatório”, o técnico de 49 anos explica que “a filosofia passar por trabalhar diariamente com o intuito de se tornar cada vez melhor” e “ficar mais perto dos três pontos seguintes”.