Virar a Página coloca comida no prato de quem precisa há dez meses

Dez meses depois, o projeto Virar a Página aproxima-se das 20 mil refeições distribuídas e teme que o número venha a aumentar, como consequência deste novo confinamento na vida de muitas famílias.
Apesar do confinamento, não vai ser interrompido o serviço de emergência alimentar.
A coordenadora do projeto, Helena Pina-Vaz, fala de “preocupação” e “satisfação” nestes primeiros meses ao serviço de quem precisa. “Há um sabor doce por fazer alguma coisa, e um sabor amargo por fazermos falta e por vermos que, possivelmente, faremos cada vez mais falta”, referiu.
A coordenadora assume “preocupação com o que se avizinha”. “Se as pessoas em 2019 nao estavam bem, em 2020 muitas mais passaram a não estar bem e, em 2021, vai haver muitos reflexos nas perdas de emprego e muitas pessoas vão precisar de ajuda”, anteviu.
O Virar a Página tem ajudado as famílias carenciadas a equipar as suas casas e na procura de emprego. “Houve um grupo que se juntou e conseguiu comprar um fogão e agora já têm quase o valor para comprar um esquentador”, exemplificou.
Helena Pina-Vaz revela que alguns dos brinquedos que sobraram da campanha de Natal serão entregues nos dias de aniversário às crianças das famílias a quem prestam apoio. “Se precisam de refeições, precisam de muitas outras coisas”, alertou.
Para continuar a missão de ajudar, a coordenadora do projeto apela ao apoio da população. Helena Pina Vaz relembra que qualquer pessoa pode dar “mãos e tempo, tornando-se voluntária”, mas, além disso, podem “ajudar a conseguir donativos, lembrando-se de uma ideia ou de uma empresa, por exemplo”.
