Braga aposta na sensibilização, mas autarca admite reforçar medidas

O presidente da Câmara Municipal de Braga sublinha que a autarquia vai reforçar os métodos de sensibilização da população para o confinamento, mas não equaciona fechar a ecovia e outros espaços semelhantes como aconteceu no primeiro confinamento geral.
Ricardo Rio considera que o reforço de medidas anunciado esta semana pelo primeiro ministro é “positivo”, mas afirma que “é uma falha manter as escolas abertas”.
“Vem apertar a malha a situações de flexibilidade excessiva”, refere o autarca que admite não compreender a manutenção dos equipamentos escolares em funcionamento “que penaliza o alcance das medidas e acaba por condicionar o período pelo qual elas vão vigorar”. O autarca é defensor de um confinamento “mais apertado, durante um período mais curto”.
Se os bracarenses não respeitarem, Ricardo Rio admite medidas mais restritivas na cidade
Nas ruas, a ordem é para circular. O mesmo nas zonas de lazer das diferentes cidades. Ricardo Rio admite que para já não equaciona fechar, por exemplo, a ecovia. Em Braga, o município vai optar, “numa primeira fase, por uma intervenção pedagógica”.
“Não vamos inibir a circulação. Se verificarmos que as medidas pedagógicas não produzem efeitos e que as pessoas continuam a provocar aglomerados nesses espaços, seguramente que teremos que adotar medidas mais restritivas”, prometeu.
A autarquia voltará a divulgar mensagens informativas no território apelando ao recolhimento domiciliário das pessoas.
Questionado sobre a insistência de medidas pedagógicas quase um ano depois da pandemia fazer parte da vida dos portugueses, Ricardo Rio admite que é visível a “insensibilidade social” de muitos. O autarca compreende, por um lado, a saturação das pessoas, mas ao mesmo tempo refere que é visível “uma certa insensibilidade social perante a gravidade da situação”.
