VNF. Louropel declarada de “interesse público municipal” para poder expandir

Em Famalicão, a Louropel, uma fábrica de botões líder mundial no setor, quer expandir a sua capacidade de produção, mas a construção de novas unidades abrange, em parte, um terreno de reserva agrícola nacional.
Por isso mesmo, a autarquia aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, a declaração de relevante interesse público municipal, para facilitar o processo de expansão da empresa.
O presidente da autarquia, Paulo Cunha, explicou que o procedimento era “necessário para a desafetação no contexto de reserva agrícola nacional”, uma vez que ainda que não seja a Câmara a “decidir acerca da desafetação, com a declaração de interesse público contribui para que isso possa acontecer”.
Com a expansão, a empresa pretende “melhorar as condições de produtividade e potencial aumento de recursos humanos”.
Dedicada ao fabrico de botões, já em 2017 a empresa investiu cinco milhões de euros para ampliar as instalações e empregar mais pessoas. Na Louropel fabricam-se cerca de 12 milhões de botões por dia, que chegam a vários cantos do mundo, incluindo ao exército dos Estados Unidos.
Dos 12 milhões, 25% são botões ecológicos, produzidos, por exemplo, com borras de café.
“É um dos melhores exemplos que o concelho tem para afirmar Famalicão como cidade têxtil”
“É uma empresa muito importante no concelho e é líder mundial no setor, ao nível da produção de botões com método biológico, sendo uma empresa que tem apostado muito na sustentabilidade ambiental nos seus processos produtivos”, frisou o autarca.
Para Paulo Cunha, a Louropel “é um dos melhores exemplos que o concelho tem para afirmar Famalicão como cidade têxtil”. “Os acessórios ali produzidos são relevantes para que o concelho e o país tenham presença internacional neste setor”, acrescentou.
Depois da desafetação, Paulo Cunha adianta que serão concedidos outros apoios por parte da autarquia, tendo em conta o volume de investimento e o número de postos de trabalho a criar.
A Louropel, sediada na freguesia de Louro, vai ampliar a suas instalações produtivas, através da construção de cinco unidades funcionais, que inclui uma unidade de reciclagem. Além disso, a empresa pretende aumentar o número de postos de trabalho.
Esta ampliação deve-se à necessidade de adaptação ao mercado, nomeadamente corresponder à evolução tecnológica dos processos produtivos.
