Interesse pelo golfe aumenta durante a pandemia: “Promove o distanciamento”
Os dados chegam dos Estados Unidos, mas podem ser transpostos para Portugal. Segundo o portal Golf Datatech, em 2020, o número de partidas de golfe realizadas no país norte-americano aumentou 14%, o número de praticantes subiu 6% e a compra de material destinado à modalidade cresceu 10% em comparação com o ano anterior.
Em Portugal aconteceu um fenómeno semelhante. Apesar de ainda não existirem números oficiais a nível nacional, houve um incremento de 35 inscrições no Clube Golfe Braga durante o período de desconfinamento, ou seja, na segunda metade do último ano.
No programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira, o diretor David Aguiar especificou que se registou “um aumento de dez praticantes na academia (jovens até aos 18 anos) e de 25 nos seniores”. Atualmente, a coletividade conta com 250 atletas, 177 dos quais federados. “Em termos de evolução, não é um número muito grande, mas para uma modalidade tão desconhecida é bastante bom”, considera.
As razões invocadas para este crescimento devem-se às caraterísticas da modalidade. Segundo Ricardo Silva, dirigente responsável pela associação de pais da academia, “começou a aparecer a imagem de que o golfe era dos desportos mais seguros para praticar durante a pandemia”.
“É um desporto que, de forma nativa, já promove o distanciamento entre as pessoas que estão a jogar. Quando um atleta está a jogar, ninguém pode estar ao lado dele porque, caso contrário, pode levar com a bola ou com o taco”, argumenta, destacando ainda o facto de ser uma modalidade que coloca as pessoas “em contacto com a natureza”.
Com as instalações encerradas, Clube Golf Braga espera que reabertura volte a gerar “muito interesse”
Num ano em que celebra três décadas de existência, o Clube Golfe Braga começou 2021 com as portas fechadas. Neste momento, devido às normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, as instalações, localizadas na freguesia de Palmeira, estão encerradas para a população em geral, incluindo para os atletas de alta competição, por decisão do próprio clube.
Assim que as medidas forem aliviadas, Ricardo Silva espera que continue a existir “muito interesse”, tal como houve no último ano. “Não vou dizer que houve uma corrida aos campos, mas notámos a vontade das pessoas”, acrescenta.
