Associação Comercial defende aplicação do PRR em “modelo descentralizado”

A Associação Comercial de Braga (ACB) defende que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) devem ser aplicadas num “modelo descentralizado”.
À RUM, o diretor geral da ACB refere que “o envolvimento das Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Norte, Comunidades Intermunicipais (CIM), dos municípios, e das entidades de apoio à envolvente empresarial, como as associações empresariais” permitiria que os fundos fossem aplicados “com muito mais sucesso”.
Sobre o PRR, Rui Marques critica o facto de o documento ser muito virado para Lisboa e Porto, ignorando outras regiões do país, referindo também que o peso das verbas destinadas ao Estado é significativo.
“Cerca de dois terços do programa vão ser encaminhados para financiar a modernização administrativa do Estado e investimentos públicos de grande envergadura, deixado de lado os apoios às empresas, elas que são determinantes na economia, criação de empregos, inovação e riqueza”, aponta.
O responsável da ACB lembra ainda que a ligação entre Braga e Guimarães por BRT (Bus Rapid Transit), inscrita no Plano Nacional de Investimentos, está ausente do PRR, embora haja no documento uma menção para um investimento de 200 milhões de euros para o transporte entre concelhos de média dimensão.
Na acessibilidade, Rui Marques sublinha também que o PRR “deixa de fora as ligações rodoviárias que liguem a parte norte de Braga a Terras de Bouro, Gerês, Vila Verde ou Ponte de Lima, que são estratégicas para o desenvolvimento do território”.
