Obras no Theatro Circo concluídas em abril depois de vários ajustes

As obras no Theatro Circo sofreram um atraso no seu desenvolvimento e um aumento de custos superior a 100 mil euros face ao inicialmente previsto. O assunto foi discutido esta segunda-feira na reunião de executivo, à margem da apresentação do relatório trimestral. Os custos da obra, relacionada com os escritórios de trabalho da sala de espetáculos foram questionados pela vereadora da CDU.
Bárbara de Barros alertou para o valor de 150 mil euros – previsto em 2016 – quando na adjudicação o valor passou para os 300 mil euros.
A administradora do Theatro Circo, Cláudia Leite, justificou o aumento de valências, a remodelação dos escritórios, e novas configurações relacionadas com a distribuição de fibra pelo edifício e novas configurações.
O primeiro projeto da zona de escritórios previa a construção de escritórios em open space, não permitindo o isolamento necessário a nível acústico. Além disso, vários materiais foram revistos por causa da carga térmica. “Cerca de 100 mil euros estão relacionados com estes acréscimos e necessidades de responder a questões de segurança levantadas, e algumas questões detetadas ao longo da construção do caderno de encargos”, explicou Cláudia Leite.
O restante valor, admite, “foi por excesso de boa vontade por parte de quem fez o primeiro orçamento da obra” já que posteriormente, “com as consultas ao mercado percebeu-se que o valor estava um bocadinho abaixo do que as empresas estariam dispostas a fazer”.
A obra estará concluída em abril e em maio os funcionários dos escritórios do Theatro Circo regressam àquele edifício.
Quebra no número de espectadores ultrapassa os 80% face ao terceiro trimestre de 2019
Assumindo que o 3º trimestre de 2020 foi “altamente atípico”, o relatório de atividades nota que a atividade foi retomada, “mas sujeita ainda a fortes condicionantes”, entre elas a necessidade de limitação da lotação, a desinfeção e a redução do trabalho presencial”. A empresa sofreu maiores taxas de absentismo.
Os números, sublinhe-se “atestam uma quebra de mais de 80% no número de espectadores face ao mesmo período de 2019”. Constrangimentos que tiveram “um duplo efeito” nas contas da empresa que em setembro de 2020 passou a gerir o espaço gnration, o que levou a uma revisão orçamental pelo acréscimo dos gastos e dos rendimentos associados.
