Vias temporárias são “bem vistas” mas Braga Ciclável quer saber mais detalhes

O presidente da Braga Ciclável vê com bons olhos a criação de vias temporárias destinadas ao uso da bicicleta no concelho bracarense. No entanto, alerta, tudo depende da forma como as zonas ‘pop-up’, como são designadas, vão ser elaboradas, alertando para o facto de o projeto ainda não ter sido apresentado à população.

A autarquia anunciou esta terça-feira a criação de vias cicláveis provisórias, com marcação na estrada, entre a Universidade do Minho, a variante da Encosta, o centro da cidade e a estação. Em declarações à RUM, o presidente da associação refere que o sucesso desta iniciativa depende do método utilizado. 

Mário Meireles afirma que é necessário, além da pintura, que “não é só carimbar a imagem da bicicleta”, o uso de balizadores ou outro mobiliário urbano que “garanta a segurança das pessoas”.“Os testes serão sempre bem vistos, obviamente. Poderá ser preciso reorganizar algumas infraestruturas viárias, como temos vindo a dizer, sem mexer nos passeios porque isso é uma má prática”, acrescenta.

Apesar de considerar este anúncio um bom ponto de partida, lembrando que era algo reivindicado pela associação que preside, pede à autarquia que “dê a conhecer o projeto com detalhe”. Mostra-se ainda disposto a ajudar na definição do plano.

Avenida da Liberdade, Avenida 31 de Janeiro, Largo Senhora-a-Branca e Rua D. Pedro V são algumas das zonas que fazem parte do traçado. De fora ficam as avenidas João XXI e João Paulo II, algo que o presidente da Braga Ciclável não consegue compreender.

Mária Meireles afirma que “não faz sentido nenhum excluir” esses espaços, já que “ligam grandes pontos da cidade”. “Faz ainda menos sentido quando ouvimos o discurso do executivo ao longo dos tempos e percebemos que há projetos que previam ciclovias nas avenidas João XXI e João Paulo II”, complementa, lamentando que tal ainda não tenha acontecido.