“Em 2023, Portugal será muito mais interessante culturalmente”

A coordenadora geral da estratégia cultural ‘Braga 2030’ acredita que Portugal ficará mais rico nos próximos anos só pela exigência do processo de candidatura a capital europeia da cultura 2027, que envolve nesta altura onze cidades: Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Guarda, Coimbra, Leiria, Oeiras, Évora, Faro, Ponta Delgada e Funchal.
Esta terça-feira, em entrevista ao Campus Verbal, Joana Meneses Fernandes afirmou que só pelo número de candidaturas o país sairá sempre a ganhar. “Acredito que a nível nacional muito mude nestes territórios pela profundidade e exigência deste processo. Teremos todos a ganhar pelo facto de termos tantas cidades a querer concorrer a este título”, disse a responsável à RUM.
Sem guião ou metodologia e com territórios e agentes diferentes, Joana Meneses Fernandes sublinha que cada candidatura terá de encontrar a sua estratégia para o desafio que abraçou. Por isso, “em 2023 Portugal será muito mais interessante, muito mais diverso do ponto de vista cultural e muito mais capaz de proporcionar condições de trabalho para o setor cultural e criativo”, afirma de forma convicta.
Em 2001 a cidade do Porto foi Capital Europeia da Cultura. Em 2012 seguiu-se Guimarães. Com duas cidades tão próximas e com tantas candidaturas a nível nacional, a eleição torna-se mais difícil. A responsável admite que mesmo que Braga não venha a acolher este título irá sempre sofrer transformações positivas fruto do “trabalho profundo” desenvolvido no concelho ao longo destes anos.
