A nova composição do CG da UMinho e as incógnitas quanto ao futuro reitor

O resultado das eleição para o Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho (UMinho) desta semana coloca novas questões quanto ao futuro reitor da instituição. Com seis elementos eleitos pela lista A e outros seis elementos eleitos pela lista B para os lugares de docentes e investigadores da, a maioria que suportava a recandidatura de Rui Vieira de Castro, atual reitor, perdeu-se, obrigando a negociações, sobretudo com os estudantes eleitos, tendo em vista um resultado favorável à sua continuidade.

Nos assentos dos representantes dos estudantes estão novamente três alunos eleitos pela lista A, que representava a continuidade da maioria dos estudantes eleitos no último mandato. Como quarto elemento dos alunos está agora André Teixeira (C).

No lugar de representante de pessoal técnico, administrativo e de gestão mantém-se Victor Soares. Certo é que estes últimos elementos referidos serão determinantes na eleição do próximo reitor da UMinho, que decorrerá até ao final do presente ano civil.

Uma mulher à frente da reitoria da UMinho?

Nos docentes e investigadores, os seis elementos da lista B eleitos votam na continuidade de Rui Vieira de Castro, ao contrário dos seis elementos da lista A que já sugeriu dois nomes que apoiaria, e que a RUM sabe que se manifestaram disponíveis para a apresentar uma candidatura ao cargo: Helena Sousa, do Instituto de Ciências Sociais, e Maria Clara Calheiros, da Escola de Direito da Universidade do Minho. Helena Sousa, recorde-se, preside ao Conselho Cultural da UMinho, desde Outubro de 2019. Até hoje a UMinho nunca teve uma mulher na liderança.

Ainda que os conselheiros assinalem que esta não é a primeira preocupação depois da eleição, é evidente que a indefinição que resulta do ato eleitoral desta semana traz dores de cabeça aos representantes dos docentes e investigadores eleitos.

A data da tomada de posse do Conselho Geral da UMinho deverá ser agendada dentro de poucas semanas.