U.Porto propõe entrada gratuita para estudantes nos museus da UE

A Universidade do Porto (U.Porto) propôs esta segunda-feira que se torne gratuita a entrada para estudantes nos Museus da União Europeia (UE). A proposta – Corredor Cultural Europeu – surge naquela que é a primeira Cimeira Europeia Universidade e Cultura, que se realiza nos dias de hoje e amanhã em formato online.
O evento é organizado pela UP e pelo Plano Nacional das Artes, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.
O encontro, que decorre em inglês, contou esta manhã com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com a ministra da Cultura, além do reitor da Universidade do Porto e presidente do CRUP, António de Sousa Pereira.
Manuel Heitor espera que a medida seja alargada aos restantes países da União Europeia. Já o reitor da U.Porto anunciou hoje que o projeto será “partilhado e proposto às restantes universidades portuguesas” tendo em vista a criação, para já, de um corredor cultural português.
A Cimeira Europeia Universidade & Cultura surge da premissa de que o livre acesso ao património cultural académico e aos discursos artísticos contemporâneos, potenciando a expressão através de experiências artísticas, construirá uma cultura universitária simultaneamente artística e científica, guiada por princípios de constante inovação, inclusiva e ecologicamente responsável.
Projeto testado a partir do próximo ano letivo no Porto
O projeto será “testado” na cidade do Porto já a partir do próximo ano letivo e prevê o acesso gratuito – ou com descontos especiais – de todos os estudantes universitários da União Europeia a um conjunto de estruturas museológicas da Universidade e da cidade.
A vice-reitora da área da Cultura, Fátima Vieira sublinha que “é urgente regressar à ideia dos museus como instituições públicas de conhecimento”, que funcionem como “plataformas para celebrar culturas diversas”.
Nesse sentido, torna-se “imperativo que os museus se tornem parte integrante da vida no campus, espaços de encontro que motivem a aprendizagem, a investigação, a livre circulação de ideias e a criação de imaginários científicos e culturais”.
Por outro lado, acrescenta a Vice-Reitora, “é fundamental que os museus partilhem as coleções em acesso aberto, contribuindo, de forma consistente, para a transformação digital da sociedade, consolidando as políticas democráticas da União Europeia”.
c/U.Porto
