“A sustentabilidade começa na cozinha”

“A sustentabilidade começa na cozinha”. As palavras são de Sofia Ferreira, vereadora do Turismo em Guimarães, e foram ditas à margem da apresentação de programa de valorização e promoção dos produtos endógenos enogastronómicos vimaranenses, que decorreu esta sexta-feira, na cidade berço. 

A responsável quer afirmar Guimarães como um destino turístico na área da sustentabilidade. Por isso mesmo, a autarquia está a promover sessões de qualificação, inovação e capacitação em domínios chave dos principais recursos produtivos do concelho.

 Através da Divisão de Turismo, será elaborado um caderno de referenciais dos principais produtos locais, assim como das receitas mais emblemáticas da região, no âmbito do projeto que enquadra-se no contexto da atribuição do galardão “Minho Região Europeia da Gastronomia”, ao qual foi submetida a candidatura conjunta do Consórcio Minho Inovação – CIM’s Ave, Cávado e Alto Minho – ao Programa Operacional Norte 2020 e irá permitir selecionar um conjunto de recursos e produtos, tendo em vista a sua valorização e promoção.

“A enogastronomia e a restauração têm também um papel a desempenhar no desenvolvimento do turismo em Guimarães” e a Câmara está a trabalhar no sentido de “fazer de Guimarães um Município cada vez mais sustentável”, referiu.A Câmara de Guimarães está a promover sessões de qualificação, inovação e capacitação em domínios chave dos principais recursos produtivos do concelho.


“O trabalho que estamos a fazer visa qualificar a oferta e associar o conceito de sustentabilidade para posicionar Guimarães em segmentos que são cada vez mais procurados. Guimarães é um destino turístico de enorme relevância no segmento cultural, histórico e patrimonial, mas o setor do turismo é muito dinâmico. Hoje, mais do que nunca, existem desafios que levam a diversificar a nossa oferta turística, como a área da saúde e bem-estar, da sustentabilidade e natureza”, frisou Sofia Ferreira. 

Para a vereadora que tutela a pasta do Turismo, “hoje em dia, as pessoas procuram destinos sustentáveis e este projeto é um exemplo do que está a ser implementado para colocar Guimarães enquanto um destino de excelência e que se afirma pela sustentabilidade e a qualificação dos nossos recursos”. Mas as áreas da sustentabilidade e da qualidade, assume, “são áreas que Guimarães tem de trabalhar”.

“Não é difícil adaptar uma cozinha de alta gastronomia à sustentabilidade”

“Tudo parte de nós. Não é difícil adaptar uma cozinha de alta gastronomia à sustentabilidade, acho que até é mais fácil”, afirmou o chefe António Loureiro, do restaurante A Cozinha, que conta já com uma estrela Michelin. 

O chefe assume que o processo “é mais exigente ao nível criativo e implica mais formação”, mas faz com que “o resultado final seja melhor”, sendo assente numa ementa de sazonalidade e nos produtos locais e com combate ao desperdício.

“Cada vez mais comer biológico é económico. Comer biológico pode ser com produtos de pequenos produtores onde se pode ir directamente. É preciso esbater o estigma do eleitismo”, referiu Liliana Duarte, da Cor de Tangerina. “O processo criativo que torna mais caro”, rematou.


Esta sexta-feira decorreu um wokshop sob o tema “A sustentabilidade começa na Cozinha” com a participação da Chef Liliana Duarte (Restaurante Cor de Tangerina) e o Chef António Loureiro (Restaurante A Cozinha), moderado por Rafael Oliveira (CEO Feel Agency).

Estão já programadas novas ações, a realizar no Mercado Municipal (18 de junho) e ainda workshops destinados aos restaurantes e produtores locais.

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Liliana Oliveira
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